MENEZES, ENTRE A BÍLIS E A LÁGRIMA
Não deixa de ser enternecedor que Menezes, que é um excelente autarca, talvez o melhor do País, reúna em si qualidades emotivas extraordinárias: vingativo e cáustico, maternal e pacificador. A raiva e a lágrima. Não o censuro. É extremamente humano. É pragmático quando raciocina em função dos lugares, das listas e da mercearia geral posicional dos cargos presentes e futuros. Sabe elogiar e dar folga a Sócrates, como o faz Valentim, servindo-lhe de escudo, quando toda a gente o impreca e põe em causa, porque sabe como é que certas coisas mais importantes se desbloqueiam. Espero, porém, que não prossiga fazendo comparações entre o estado 'familiar' coeso do PS, que é podre e rançoso, e o desavindo PSD. Neste momento, o País precisa de se purgar dos malefícios manhosos e corruptivos com que em trinta e cinco anos PSD e PS lesaram por todos os meios o País e ainda o danificam mais e mais com este domínio completo de tudo e todos sob um místico terror para com o magnífico líder 'incontestável': «Luís Filipe Menezes disse ontem, em Matosinhos, que "o PSD não está a comportar-se como uma família", ao contrário do que, em sua opinião, acontece no Partido Socialista (PS).O ex-líder social-democrata e presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia falava num almoço do PSD, que juntou cerca de mil mulheres, em que pediu aos antigos dirigentes que "arregacem as mangas e se coloquem ao lado das bases do partido e venham dar a cara nestes seis meses que (temos) pela frente".»
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