INCREPAR SEMPRE PENA CAPITAL


A condemned prisoner being dismembered by an elephant in Ceylon.
Drawing from An Historical Relation of the Island Ceylon by Robert Knox (1681).
kjj
É obrigação dos seres civilizados tudo fazerem para que esta forma de ajuste de contas entre o Estado, a sociedade e o indivíduo, se extinga do planeta e se assimile que o «Não matarás» não pode ter quaisquer excepções. Percorrer a história da Pena Capital é revisitar o gozo sádico a que a nossa espécie não se regateia. Essas múltiplas formas de punir, matando, num percurso de milénios, século após século, deveriam envergonhar-nos e conduzir-nos a atitudes remediatórias no nosso tempo para com países contaminados de esse vício simplista inveterado. A espécie humana acumula por isso mesmo um capital de odioso e de injusto abominável. Insensibilidade. Indiferença. Malícia. Prazer no dano alheio. Comportamentos que só um pequeno número procura reverter e transformar em compassividade e respeito, apesar de todos os atropelos de que possam ser vítimas — esses comportamentos têm de ser combatidos. Vergonha devem ter esses países onde tal barbarismo se mantém intocável. Vergonha devem ter todos os partidos políticos que, por causa da sua retórica omissa, não ousam condenar abertametne os regimes onde tais práticas são cultura e sanha: censurar o Irão, censurar a Arábia Saudita, Estados Unidos e China, vez após vez após vez, incumbe ao PCP, ao BE e aos demais partidos aproveitando devidamente as oportunidades de ingerência numa matéria humanitária digna de todas as ingerências e mais algumas: «O número de pessoas que foram mortas na execução de penas capitais aumentou para quase o dobro em 2008 – sete a cada dia que passou – mas o número de países que adoptam esta sentença é cada vez menor, revela a Amnistia Internacional em relatório hoje publicado e elaborado com base em dados obtidos junto de governos, grupos de defesa dos direitos humanos, registos de tribunais e relatos dos media. O relatório anual sobre a pena de morte feito por esta organização não governamental indica que 2.390 pessoas foram mortas no ano passado (contra 1.252 em 2007) – em 25 países – e quase nove mil foram condenadas à pena capital (muito acima das 3.347 do ano anterior) num grupo de 52 países. Tal como nos anos anteriores, os cinco países com maior número de execuções foram a China, o Irão, a Arábia Saudita, o Paquistão e os Estados Unidos – só nestes países foram executadas 93 por cento das penas de morte registadas em 2008, constituindo, por isso, para a Amnistia Internacional, o “maior desafio para obter a abolição global da pena de morte”. À cabeça a China, onde ocorreram 72 por cento das execuções de pena de morte.»

Comments

Blondewithaphd said…
Sou absolutamente 100% contra apena de morte! E essa foto que ilustra o teu post vai dar-me pesadelos nos próximos dias, tão certo como eu ser a Blonde!
Anonymous said…
Só podemos repudiar,abolir e condenar,que ainda se pratique! Impera o primitivismo-actual revoltante, utópico nas cabeças de quem comete o mesmo crime que o condenado ou esquecem-se que matar é matar e ponto.

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