NUA ADENDA NOVA À HIPOCRISIA PS

Novo prego na tumba 'democrática' do Regime. O PS vai nu. Alberto Martins, Vitalino e todos quantos se vêm pronunciando sobre os critérios para a boa escolha de um sucessor de Nascimento Rodrigues estão numa deriva perigosíssima de alienação e minudências que não interessam rigorosamente para nada. É irrelevante quem, entre PS e PSD, se porta pior. Um país a transbordar de problemas sente-se ofendido pela leviandade no tratamento de esta questão, pela capitalização política que se procura fazer desesperadamente das mazelas partidárias. O PS do assanhamento autoritário varando toda a sociedade numa reprodução imitativa não tem moral para apontar denhum dos dedos. O impasse existe? Ao menos evitava-se o prolongamento de este jogo torpe do qual só se voltaria a falar quando resolvido. Não mais vítimas, não mais choradinhos, não mais apontar de dedos. O PS-Governo está queimado. Todos os dias se lhe percebe a avulsividade das medidas, o errático e viciado de elas. Todos os dias se compreende melhor que fazer assentar uma economia débil numa carga fiscal desmesurada é comprometer o País, agir na administração central sem zelo e sem amor aos portugueses. Corolário do nulo, da incompetência, esta insistência do PS em ASSacar todas as responsabilidades da indecisão ao seu irmão gémeo e siamês PSD. Estão bem um para o outro, mas a ferocidade voraz do PS, sob o socratismo anunciante, a suas tácticas rascas de esmagamento do adversário são anacrónicas, constraproducentes, e contribuem para a fraude geral imperdoável da legislatura: «O líder parlamentar do PS, Alberto Martins, aponta o dedo ao PSD pela ruptura nas negociações para a designação do novo provedor de Justiça e afirma que “é muito difícil dialogar” com o maior partido da oposição. “O PSD não tem sido um parceiro fiável” nas conversações parlamentares, afirmou Alberto Martins à saída da reunião da bancada socialista, onde este assunto foi um dos dominantes.»