TEMPOS DE PERVERSÃO E DESMESURA
Ter um em cada dois votos italianos? Berlusconi não faz as coisas por menos. Não é o único. Há por esse mundo indivíduos poderosos, e a arrolar e a concetrar poder, que se sentem 'mais importantes' que os países mesmos que supostamente governam: Chávez, na Venezuela, Mugabe, no Zimbabué, Berlusconi, na Itália, Sócrates, em Portugal. Acima da lei, acima dos outros, acima da democracia, acima do bom senso, acima da murmuração da sociedade perante factos factualíssimos, acima de curricula passados que os tingem de todo o tipo suspeições, senão até de sangue, incompetência e caos desencadeado. Tornaram-se sinais de contradição e assumiram um paternalismo devorador do pluralismo democrático, paternalismo que ninguém, na verdade, lhes outorgou. Estranha-se que, em Portugal, hordas de anónimos incensem este declínio inexorável da 'verdade desportiva' até na Política, mitigando de atenuantes o intocável líder: «O chefe do Governo italiano, Silvio Berlusconi, foi eleito para a direcção do partido Povo da Liberdade (PDL), durante o congresso fundador da formação de direita que ambiciona conquistar o voto de um italiano em cada dois.“Espero estar à altura, tentarei não os desiludir”, declarou o escolhido no discurso que fez a seguir ao anúncio da decisão dos 6 mil delegados, reunidos em Roma, que votaram de braço no ar.»
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