40 000 MAQUILHAGENS E DESCULPAS


É danado o verbo haver, quando os políticos lhe põem a manápula desesperada. «Haverá», serão abertos, far-se-á. Na verdade, não há nada agora, aqui e agora não há nada a não ser tácticas de dilação e fingimento. A economia está atascada em mau Fisco, atascada no efeito de décadas de um consumismo sistémico infrene mas baseada em salários miseráveis que pagam, à rasca, todas as despesas básicas das pessoas e depois não podem comprar absolutamente mais nada: o desemprego galopante veio pôr isso em cristalina evidência. Perante isto, o que faz o Sr. Sócrates? Mais anúncios. Zero em realismo, zero em descrição dos factos realisticamente vistos da economia, zero em descrição do que efectivamente está a ser feito, além das medidas tardiamente plagiadas das Oposições e que «serão» implementadas a seu tempo. Ou não. De emprego, o que se conhece de esta legislatura são aqueles de que a clientela política e os amigos íntimos do PS-governo usufruem intocáveis e indizíveis: mega-escritórios de advocacia, grandes empresas altamente apoiadas, gente cumulada com bónus, com superfluidades automóveis, prémios de 'produtividade'; atenções reservadas aos amigos colocados a jeito no sector empresarial do estado. A Crise Internacional tem por isso as costas largas e serve de desculpa e biombo para o desastre e a forma viscosa como o PS-governo actua e maquilha os factos duros, as inépcias e as omissões, adiando o desvelar do desastroso abismo do País. Mas a política nunca deveria ter servido de oportunidade a esta gente para resolver a sua vida e para fazer negócios sem escrutínio directo e outras formas de prestar contas aos portugueses. A economia está em processo de desactivação e por isso demagogia com números, anúncios repetidos, simulações hábeis de acção, com esse uso sorna de formas no Futuro Imperfeito do Indicativo relativos a medidas invisíveis e altamente improváveis — são erros letais. Esse futuro está num longe que compromete tudo agora mesmo e tanto é assim que o PM nunca é visto no coração dos problemas, das fábricas, dos protestos, interessado e devidamente inteirado, mas à frente dos cenários pintados a azul sedutor, com megaproduções publicitárias de mau gosto e mau esconder. Alguma coisa a esperar de um historial de rapina e avidez de dinheiro e poder no cerne mesmo das estruturas representativas do Estado? Solidariedade e interesse genuíno? Era o que faltava!: «O primeiro-ministro afirmou hoje que em 2009 haverá um aumento para 40 mil estágios profissionais destinados a jovens e que já há 21 mil portugueses a trabalhar em programa de formação no âmbito da iniciativa Emprego 2009. Os dados foram avançados durante uma visita ao Centro de Serviços Partilhados da multinacional Solvay, das áreas da energia química, farmacêutica e plásticos, em Carnaxide, depois de comentar os mais recentes números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Segundo José Sócrates, os dados do IEFP conhecidos ontem "traduzem um aumento do desemprego em Portugal, como em todos os países da Europa".»

Comments

Anonymous said…
Mentiras atrás de mentiras, quando é que a maioria absoluta Cai! Aquele sorriso amarelo do parvalhosavrv engº socrats (eng. não sei, na universidade nova), aquela arrogância, prepotência, discurso monocórdico, ditadura já cansam. Aproxima-se as eleições há que pensar nos eleitores, vamos arranjar mais uma mentira, vamos simplixecar, 38 mil postos de trabalho, já é um numero considerável!!!!Puro Demagogo, fala demais, e age de menos, que lhe caiam os dentes se ele ganhar. Há que ter cuidado se não este blog ainda é CENSURADO.

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