FC PORTO: UEFA SALVA FUTEBOL NACIONAL
Evidentemente que o povo da bola deseja justiça, desde que ela penda em exclusivo a seu favor e em detrimento de todos os demais adversários. A cruzada vieirana anti-FC Porto, por exemplo, está contaminada de cinismo e esterilidade, se no plano internacional o clube aquilino tarda em afirmar-se ao averbar demasiadas derrotas e demasiadas goleadas. Cinismo e esterilidade porquê? Porque o curto prazo de um Futebol Clube do Porto prejudicado nas instâncias internacionais com ganhos imediatos, sem qualquer mérito, do Benfica seria a pedra tumular sobre o futebol nacional. Num país minúsculo como Portugal, um Benfica e um Sporting, reconhecidos internacionalmente como os grandes clubes portugueses por sistema goleados e precocemente eliminados da Champions, não interessam à imagem do futebol nacional. Atrapalham. Daí que saber salvo o FC Porto de quaisquer danos sancionatórios pela UEFA, que é uma entidade representativa fundamentalmente dos clubes mais fortes e competitivamente valiosos do continente e UK, é uma excelente notícia, no meio de tanta miséria, pois só reverte a bem do rasca e pobretanas futebol português, com os seus velhos e ultrapassados agentes, e reverte mesmo a favor do próprio Benfica e Sporting, na verdade estruturas erráticas e sem cultura consolidada de bravura e alto desempenho em competições internacionais e europeias. De certa maneira, se os principais clubes portugueses de Lisboa não interrompem a sequência de tiros nos pés que os têm celebrizado, está aí a UEFA para proteger de si mesmo o que ainda resta do futebol nacional: «O ponto 3 da alínea c) do artigo 50 dos estatutos da UEFA, aprovado a 27 de Abril de 2007, é a referência que deve salvar, em definitivo, o FC Porto de qualquer sanção pelo envolvimento no caso Apito Final.O Comité Executivo da UEFA aprovou hoje, em Copenhaga, a proposta de reformulação aos critérios de admissão às competições europeias, elaborada pelo Comité de Competições de Clubes e que tomou como referência a data da renovação estatutária de finais de Abril de 2007.»
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