PIROMANIA CRIMINAL E DOIS MINISTROS


Com a apresentação do relatório anual da Escola Segura, ficam as estatísticas sobre o clima de violência que se vive de um modo geral na chamada Escola Pública Portuguesa, particularmente aguda em algumas das suas escolas, com destaque para os casos de agressões a professores ou os casos que envolvem danos patrimoniais graves e reiterados aos mesmos professores, situação em franca escalada, casos os quais, num ano lectivo, somam 206 ocorrências participadas, ponta de um icebergue mais vasto e muito mais complexo. Criminalidade na sociedade e violência escolar em roda livre e dois ministros, o da Educação e o da Administração Interna, só capazes de reproduzir esses números, mas incapazes de perorar sobre os motivos para o surto de tanta violência e indisciplina. Nós podemos ajudá-los: a socióloga barbeira, tal como o seu Primeiro a cujas políticas devastadoras obedece, nada percebe de educação. Só domina o mínimo sobre de estatísticas e o máximo de metodologias torcionárias para cilindrar as oposições, estalinizando a escola portuguesa, rasurando o seu perfil humanístico e cultural nunca consolidados e nunca deixados em paz, sempre em causa, sempre perturbados. Especialista nalguma coisa? Só em menoscabar mediaticamente muitas vezes a figura do docente, alimentando, ao longo de estes quatro anos de decapitação e oprimência alienadora dos activos humanos, o fuel invejoso, maldoso e impune de uma sociedade com necessidade de bodes expiatórios. O Governo ofereceu à populaça a classe docente para que batesse. A cegueira suicidária soma e segue. Rui Pereira, esse é um pinga-amor. Não é um duro intimidador do crime e capaz de agir com veemência, é um burocrata das leis que as enuncia cristalinas quando acossado pela espessura dos factos ocorrentes. Os deuses da lingerie e da felicidade de alcova bafejem-no para que nos deixe. O país arfa sob o crime e, não tarda, estará por aí a época de recrudescer enormemente: o Verão, altura em que precisaremos certamente de qualquer coisa semelhante a um recolher obrigatório.

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