MIRANDA SOB TORPE PING PONG POLÍTICO
Vitalino e Alberto Martins fizeram o seu papel de veiculadores da intransigência e agora coube a Mota Andrade modalizar um pouco o ónus da mensagem esmagadora, a única de que este PS é capaz, brandindo como uma coisa o nome de Jorge Miranda, escudo e couraça do partido, argumento e pretexto. O cansaço é completo e a frustração geral é tudo aquilo de que falam os mais variados comentadores: deplorável. Parecia ser possível uma terceira via através de Jaime Gama, mas esta é mais uma competição rasca a que se dedicam estes agentes bizantinóides sem mais em que pensar a não ser nestas pequenas guerras pífias. De resto, o nome de Jorge Miranda não é uma bola de ténis, mas foi certamente transformado pelo PS num argumento de ping pong político. Não há limites para a vileza rasca a que os proprietários da 'democracia' se dedicam: «O PS só levará a votos no Parlamento o nome do constitucionalista Jorge Miranda depois de ter a garantia de que o seu candidato obterá os dois terços necessários para ser eleito provedor de Justiça."Sem garantias seguras de aprovação o nome de Jorge Miranda não vai a votos" na Assembleia da República, vincaram elementos da direcção da bancada socialista. Por esta perspectiva, os socialistas só agendarão em conferência de líderes (a próxima reunião é a 2 de Abril) a eleição do provedor de Justiça quando tiverem das outras bancadas da oposição garantias suficientes de que o nome do catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa terá os dois terços de votos necessários para suceder no cargo a Nascimento Rodrigues.»
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