OBJECTIVO? EMPALAMENTO DOCENTE


Darstellung der Pfählung
auf neu-assyrischem Relief
aus der Regierungszeit
lkj
Dentre a conversa de moucos que o Ministério Fantasma da Educação promove, há coisas que convém reiterar, conforme o faz, e bem!, entre outros movimentos de professores, o PROmova, Professores — Movimento de Valorização: «[...] o compromisso dos Presidentes dos Conselhos Executivos de não penalização dos professores que não entregaram os objectivos individuais, sob o pretexto de que tal entrega não é obrigatória; o abrir de um processo de construção de um modelo de avaliação do desempenho alternativo; o preparar as bases para a constituição de uma associação nacional de dirigentes de escolas públicas. Embora os professores resistentes agradeçam o sentimento de protecção e o paternalismo evidenciados pelos PCEs, há um equívoco que importa desfazer, pois alguém anda a perverter a intencionalidade que presidiu à decisão de não entrega dos objectivos individuais. A questão é muito simples de enunciar: os professores não tomaram a decisão de não entregar os seus objectivos individuais porque desconfiavam ou tinham a certeza de que a sua entrega não era obrigatória por lei e porque este passo não comprometia a sua avaliação no quadro deste modelo. Não. Para que fique claro, de uma vez por todas, tal decisão reflecte, única e exclusivamente, o seguinte: os professores não entregaram os seus objectivos individuais porque não aceitam este modelo de avaliação e decidiram, em coerência, não participar em qualquer acto relacionado com este modelo de avaliação.» As consequências da não entrega dos OI andam de Anás para Caifás, para não dizer que, por ser ano de eleições, serão zero. A rebelião dos professores está instalada e mostra-se inexorável e renitente à submissão acrítica a um processo viciado e danoso desde o início. Obviamente que pelo tridente que vai compondo ou decompondo este ainda Ministério Fantasma da Educação, era empalar os desobedientes com processos e castigos morais e outras espécies sancionatórias. Mas não podem. Está toda a gente a ver. Resta a luta, a rebelião e a resistência à malícia que presidiu a todo este processo. A desvalorização galopante da carreira e a irrelevância prática da docência por razões economicistas e ideológicas foi a grande aposta do Governo e a urdidura burocrática chilena, a que erroneamente se tem chamado 'Avaliação do Desempenho Docente', o brutal trambolho operacionalizador da coisa ou antes o disruptor de toda a paz na Escola portuguesa: «O Ministério da Educação garantiu hoje que, sem objectivos individuais, os professores não são avaliados nem progridem na carreira, e remeteu para os conselhos executivos eventuais processos disciplinares pelo incumprimento daquele procedimento do processo de avaliação de desempenho.»

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