IRRESPIRABILIDADE DEMOCRÁTICA


É curioso: ontem, em face do tanto que li de preocupante, do tanto que se sente no ar de abominável em Portugual quanto a esses fumos de para-legalidade, de para-'democracia' aliás já da mais impensável irrespirabilidade democrática, fiquei com esse mesmo pensamento perplexo: por que não se indigna o dr. Soares com esta viscosidade no seu Partido?! Quem o pressiona a ele e em quê, em que €€?! Que xeque-mate se exerce contra os tais amantes da liberdade, agora calados como ratos?! Quanto a esse anónimo, presumindo que não vai pegar em armas e eliminar fisicamente os opinadores inconvenientemente penetrantes que não suporta, coisa complexa e prolongada para muitos anos, há a reiterar-lhe que quem vive da ameaça perecerá pela ameaça. As vozes Livres exercem a sua inalienável liberdade para pensar e exprimir o que realmente pensam. Quem não suporta a liberdade e a crueza da mensagem, debalde assassinará o mensageiro: morto um, levantar-se-á outro e outro e outro mensageiros. Nada há a temer dos que tremem perante a verdade mais inconveniente e assumem aquela fanfarronice-papão. Temamos antes a abominação totalitária, bufa e fratricida portuguesa, enterrada por 35 anos e agora desenterrada e exercida, fenómeno que em tudo lembra o pós-colonialismo, que reproduz inter pares os piores tiques coloniais. Neste caso, o PS da liberdade por intermédio de certos actores espúrios reproduz outro tanto do regime prévio.

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