ISRAEL יִשְׂרָאֵל: MAIORIAS PLURAIS
Num país progressista, as maiorias constituem-se a partir das principais forças votadas, duas ou três, e são compromissos apertados e tensos. Os extremos político-ideológicos tocam-se no plano dos interesses nacionais, mas só em países verdadeiramente democráticos e desenvolvidos, como Israel יִשְׂרָאֵל, onde se trabalha seriamente pelo bem geral de um País e onde é possível às diversas forças políticas dentro de um governo escrutinarem-se reciprocamente e avançarem em conjunto. É indiscutivelmente um exemplo a seguir em Portugal, basta ousá-lo o eleitorado. Embora não me reveja em algumas forças políticas do espectro israelita, orgulho-me de acordos rasgados e apertados como de hoje. Pelo contrário, maiorias pachorrentas e alienantes, como as que se sucederam em Portugal, trouxeram o estiolar de tudo o que a democracia tem de bom, promoveram o arredar sorna das melhores ideias, das melhores mentes, dos espíritos mais generosos, em função do tópico colocado em primazia pelo Centrão PS/PSD: «como satisfazer a nossa clientela? Como agradar aos devoristas sempre em cima do muro da oportunidade, aguardando para que lado bem calculado se atirarão e que tão úteis nos são para sossegar as hostes do adversário directo?» As perguntas foram respondidas da pior maneira por este PS-governo, provadamente um governo de todos os socialistas, de todos os oligarcas, de todos os plutocráticas, de todos os cleptocratas, mas alheado, e Correia de Campos simboliza-o bem, das pessoas levadas no sentido mais absoluto e concreto. Recordem-se que este PS-governo reduziu os cidadãos à impedoável abstracção dos números. E falhou: «O Partido Trabalhista aprovou hoje a entrada no Governo de coligação de direita em Israel, liderado pelo Likud, de Benjamin Nethanyahu, de acordo com uma televisão israelita, citada pela agência AFP.A moção a favor da entrada dos trabalhistas no Governo foi aprovada por 680 delegados e rejeitada por 507, num congresso extraordinário em Telavive.»
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