HÁ MENOS PAÍS PARA LÁ DO PS


Mesmo que assistissem ao Ministério todas as razões para ficar a arder em tanto dinheiro (incompetência ou incapacidade do incumbente), o certo é que o pagamento integral e antecipado por serviços futuros foi um gesto perdulário com todas as características e condições de reunir a máxima estranheza da parte da Opinião Pública. O segundo contrato do ME com João Pedroso dificilmente se explica a não ser por razões que só a política e o pragmatismo conhecem e far-nos-ia muito mal conhecer. O não saber que «João Pedroso era um incumpridor nato» alegado pela ainda Titular do cargo fantasma de Ministra da Educação não faz justiça à prudência que deveria presidir a todas as decisões (supéfluas ou não) do ministério que tutela e determina o padrão global com que a legislatura trata o dinheiro dos contribuintes a leviandade e a negligência, tratando-se da silenciosa gama clientelar que assume todos os perfis e contornos e pretextos sornas, que João Pedroso aproveitou conforme quis e pôde. Avareza e estreiteza de critérios, tratando-se do profissional independente e livre provindo da sociedade civil para a orla errática da Função Pública. Definitivamente, há menos País para lá do PS: «A ministra da Educação afirmou hoje que João Pedroso reunia os requisitos académicos e técnicos para compilar toda a legislação do sector, mas que em 2005 não podia concluir que o jurista era um “incumpridor nato”, como acusou o PSD.O Ministério da Educação celebrou com o jurista um primeiro contrato tendo em vista a compilação de toda a legislação do sector, mas, apesar de o vínculo não ter sido cumprido na íntegra, a tutela acabou por renovar o contrato, no valor de 266 mil euros, o qual deveria ter sido realizado até ao final de 2007. No entanto, a tutela considerou que o segundo contrato foi cumprido em apenas 50 por cento, razão pela qual pediu ao jurista, em Novembro do ano passado, a devolução de 133 mil euros. [...] “Hoje o sr. deputado diz que ele é um incumpridor nato, mas isso não fazia parte do seu currículo na altura. É relativamente fácil avaliar hoje, mas na altura não era”, afirmou a titular da pasta da Educação.»

Comments

Anonymous said…
Ora senhor deputado Emídio Guerreiro, o governo apesar do incumprimento do 1º contrato celebrou com o cavalheiro o 2º e só lhe solicitou metade do valor acordado porque o homem é da família política e, como bem saberá, neste Portugal de Abril, tornou-se um hábito os governos ajudarem os amigos não só porque o dinheiro não é deles – é nosso e apenas lhes está (mal) confiado – como também há que ter em mente que uma mão lava a outra e amanhã…. Mas já agora, senhor deputado, note que o “especialista” não só não cumpriu o contratado como ainda gozou que nem um negro com os (in)fiéis depositários do dinheiro público entregando-lhes uns montes de papéis de pouco ou nulo valor assim ao jeito de um bom burlão que usa “o método do paco”!
Anonymous said…
O problema é que faz tempo que já sabemos o que é esta ministra.
Manuel Brás said…
A pornografia “socialista”
tem aqui um belo exemplar,
com esta política imoralista
o caruncho não pára de empolar!

Incompetência ou incapacidade
num gesto tão perdulário,
esta rosácea opacidade
tem este negrume corolário!

Basta ter um apelido famoso
para um tachinho agarrar,
com este caso lastimoso
o mexilhão vai ter de arcar!
Karocha said…
Joshua

O meu rapaz, que é Economista,esteve a fazer as contas às fotocópias.
Como presumo que tanto você como sabemos tirá-las,podiam ter-nos contratado!
Tinha sido uma boa ajuda!!!!!
joshua said…
Sem dúvida, caríssima.

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