MONÓLOGO NA LUZ

Um dos jogos mais entediantes da minha vida foi o de hoje, na Luz. O FC Barcelona transformou o futebol em hóquei sem patins, o que me macera e não me encanta em nada, e, na Luz, transformou o Sport Lisboa e Benfica em qualquer coisa que tresandava a vulgaridade. Como Português, senti-me humilhado. Não é a esse tipo de baile que quero assistir sempre que há Liga dos Campeões. O olhar cansa-se com aquele carrossel chato e previsível dos catalães. Por um lado, senti vontade de recomendar a Jesus que obrigasse um dia os seus amadores e mancos a uma maratona de vinte e quatro horas só a treinar a precisão de passe e, no jogos oficiais, passasse a penalizar no vencimento os jogadores por cada passe falhado ou por cada má má recepção. Isso se se quiser imitar os chatos e mimados da Catalunha. Caso contrário, há que obrigar os jogadores e toda equipa técnica a assistir duas mil vezes ao modo como o Chelsea FC, o Real Madrid aprenderam a abrir esse coco. Sangue frio. Concentração máxima. Implacabilidade e precisão no corte, no último reduto. Simplicidade e verticalidade de jogo. Posicionalidade pura e dura. Nada de correr como cromos atrás de uma bola que não lhes pertencerá. Contra-ataque fulminante e infalível. Já sabemos que o Sport Lisboa e Benfica tem voado baixo e não tem nem dinheiro nem ideias: aliás, as ideias evaporam-se à velocidade do passivo. Mas Portugal merece que os seus melhores clubes tirem do cu com um gancho as melhores e mais heróicas respostas e os melhores e mais esforçados resultados frutos do rasgo, da raça, da alma e do engenho. Coisas que o Sporting Clube de Braga hoje finalmente segregou.

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