O FARAÓNICO SAI CARO, MUITO CARO

Sair tão rapidamente quanto possível de anos e anos de leviandade política, falsidade política, loucura e desnorte políticos é um trabalho duro que nos cabe a todos. Por isso, os nossos olhos devem atentar a quem resiste e porquê. Quem está interessado que o lado cretino, injusto e anquilosado do Regime prossiga sem um abalo telúrico radical?! Não são, por exemplo, os que experimentam dia-a-dia o legado faraónico do socratismo, quando se confrontam com um dualismo cruel e absolutamente insano: mulheres mal pagas a passar o pano, ao longo de horas, nos corredores infinitos e luxuosos da Parque Escolar, os corpos doridos, as carnes numa transpiração impensável. Qualquer Governo que sucedesse à deriva sacana e despesista dos dois anteriores não teria vida fácil, fizesse o que fizesse: hoje governa-se com a verdade nua e crua dos números, da dívida, das dívidas herdadas, das dívidas desorçamentadas no passado, dos juros de dívida, da dívida, dívida, dívida, feita no passado e empurrada com a barriga. No passado não se abria o jogo porque tudo, mesmo tudo, era obra redundante, santo comissionismo pessoal do decisor político e ainda mais santo financiamento partidário em retorno. Isso e o eleitoralismo, o engano, a demagogia. Hoje, o nosso dilema é mortífero. Para ficar no euro é preciso seguir a política do clube do euro, alternativa aos incompetentes socratistas que clamam, escarrando e cuspindo, por uma linha de actuação histérica e descabelada, rebelde e perversa. Claro que a austeridade pode modalizar-se sobretudo pelos cortes na despesa que socialistas e restante aparelhismo político-partidário não abdica e tem sido o sustentáculo de sucessivas governações, a chamada base de apoio. Mas há um pérfido buraco aberto nas contas públicas, uma desordem instituída nos compromissos do Estado para a redução do défice e a redução do pagamento da dívida: inúmeros negócios desastrosos assinados anteriormente, inúmeros gastos esconsos pelos interstícios do absurdo. É contrário ao interesse nacional a insistência numa renegociação do Memorando tal como não é prudente colocar todos os ovos em negociações com os demais países do sul nesse sentido porque isso é acenar com o perdão da dívida, a desonra dos compromissos, o anuir com a irresponsabilidade do socialismo grego, espanhol e português. O que é que o socratismo defende? Chantagem. Manhosa chantagem. Uma contra-directório que, por resistência sorna, exerça chantagem sobre a Alemanha; portanto, seguir conforme o nosso Regime Morto tem seguido, corrupto, frouxo, injusto; portanto, conservar os mesmos vícios, os mesmos tachos da Aristocracia Política, a mesma senda desastrosa de alta fiscal, mas sem reformas nem mudança de hábitos, contentando os mesmos lóbis, pois com tal política da chantagem a Alemanha jamais nos deixaria cair para fora do euro ou a qualquer outro País. Essa gente é perigosa. Mas a nossa dívida está aí. Atente-se nas obras faraónicas do socratismo. Não resistem ao algodão. Não havendo dinheiro, o excesso de gastos com hospitais, escolas e estradas deveria ter feito soar o alarme naquelas peregrinas e vorazes cabeças de vento, mas acharam que o biombo do Subprime e a Crise do Euro chegariam para disfarce. Está à vista quais as consequências: corta-se hoje na Educação e na Saúde por causa de monstros redundantes e faraónicos como excesso de estradas, excessos de luxo em Escolas e Hospitais. Há talvez mais de dez anos que mais auto-estradas e outras obras sujeitas a derrapagens, equivale a crime contra o contribuinte, mas não para o socratismo. Havia que afagar as construtoras e ser afagado por elas. Um Povo pobre com estruturas de luxo, um povo endividado até aos ossos por causa da exibição parola de obra e do eleitoralismo a todo o transe, isso foi criminoso. A política do passado foi voraz e criminosa. Está perfeitamente à vista.

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