O SAPO CRESCE MAIS QUE O JUMENTO


Recordo com saudade a coça destemperada que O Jumento dava ao PCP algures no ano de 2008, no que até parecia um trabalho encomendado pelo Governo para, por um lado, artificializar o resíduo do PC nas motivações dos professores em vir para a rua protestar contra um ME Insano, e, por outro, recordar aos respectivos leitores as razões de decrepitude de um partido ainda permeável a velhos tiques anti-democráticos. Pois, mas dá saudade recordar essa aventura artificial e forçada porque foi e tem sido nela que o PM anda a laborar com a treta da sua esquerda moderada por oposição à esquerda radical. Saudade, mas não pela coça que O Jumento tentou dar ao PCP, empolando muito as queixas, talvez para servir os tais intuitos governamentais naquele contexto de levantamento docente, mas porque, por mais que se queixem do Sapo Político, que é o PCP, a verdade é que é preciso beijá-lo, votar nele o mais possível, pois dali sairá um Príncipe para a boa saúde da democracia. Os bolsos recheados dos apaniguados de este PS precisam de descansar por largo tempo, assim como os bolsos dos apaniguados alternadeiros do PSD pela mesmíssima razão. Por isso, o PCP vai crescer e reforçar o seu eleitorado, coisa que é altamente promissora para quem aspira a um novo recomeço, a um novo Parlamento, onde PS e PSD se curem minoritariamente de si mesmos por terem transformado a sociedade portuguesa na mais admiravelmente sociedade africana e sul-americana da Europa. É obra! Quando vemos o colapso da economia e a cara de pau do poder, quando vemos outros a tentar roçar a ideia da necessdade das maiorias absolutas e do PS como única alternativa, percebemos que necessitam urgentemente de engolir democracia, PCP, BE, PP, pelas gargantas irrealísticas: é urgente que a 'democracia' seja pluralidade, dispersão de opinião, conflitualidade saudável, azeda, permanente, aparência de ingovernabilidade. Do conflito democrático nasce a força e a imaginação que resolve os problemas. Das maiorias absolutas PS, que Silva Lopes defende assim outros prometidos em casamento ao poder habitual, só podemos esperar grunhice, estalinismo, desprezo por boas ideias, desprezo pelos cidadãos, mentiras propaladas à exaustão. Votemos todos, quando chegar a hora. Votemos em massa, como se fôssemos timorenses a referendar a independência, como se fôssemos zimbabueanos a votar pela democracia. Votemos. Nem por um momento votemos em branco. Façamos a punição do poder ronceiro que anquilosa e atrasa tudo em Portugal há demasiado tempo. Abaixo as maiorias desonestas e abusadoras que engendram caracteres horrendos e ainda mais abusadores! Abaixo as maiorias e as abstenções irresponsaveis: «O secretário-geral do PCP apelou hoje ao voto no partido nas eleições Europeias como forma de mostrar descontentamento em relação às "políticas de direita" do Governo, lembrando que estas eleições serão a primeira grande batalha de 2009. Jerónimo de Sousa, que discursava perante mais de mil militantes comunistas do Seixal, lembrou que as eleições europeias são "a primeira grande batalha eleitoral" e que, por isso, "assumem uma importância e uma centralidade que vão muito para além da temática europeia".»

Comments

Anonymous said…
não chegas nem aos calcanhares do Jumento que é o que tu és

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