PROPOSITURAS DE UMA BESTA

Como um grande sanguessuga da 'democracia' portuguesa e da grande inversão de valores e de ética e de tudo o que há de recto na vida pública, eis uma besta anacrónica chamada Vítor Bento, emitindo opinião suicidária e explosiva relativa ao tópico Silva-Lopesiano: 'baixar salários'. Que salários?! Os que já são baixos, naturalmente. Eis o que propõe como inevitável Vítor Bento. Os jornais e as opiniões no-lo deram hoje, assim nu e estúpido, a futurologizar certamente o inevitável de lhe entrarem pelo gabinete dentro, um dia, para uma sessão de sodomia pedagógica democrática e laboral, um grupo de desempregados e de mal pagos para que aprenda os limites do obsceno social pensado, o que é grave, e dito, o que é revelador e gravíssimo. Entende o quê por neoliberalismo e liberalismo, sr. Bento?! Estar o sr. no topo da cadeia por indigitação de dedo gordo e amigalhaço?! Não é isso o que convém a bem-postos e saciados, como o sr.?! Por que não propõe a baixa de salários como o seu ou mesmo a baixa do seu para começar?! Por que propõe baixar a miséria de salários, como o são os mais baixos portugueses, a bem ou a mal?! Pensar alto coisas destas é crime e desmoraliza uma sociedade já sob tensão, frustração e insatisfação sufcientes. O que eram as gaffes ingénuas de MFL comparadas com esta coisa desalmada, Vítor Bento, acabadinho de emitir não apenas este escarro de proposta mas o modo de chegar lá: «Hoje, durante a mesma conferência em que participou o ministro, Vítor Bento disse que os salários em Portugal vão diminuir “a bem ou a mal”.“Quando digo a bem é através da concertação social, a via considerada neoliberal, quando digo a mal é através do desemprego, a via liberal, deixar a economia funcionar”, disse o presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS). Para Vítor Bento, o aumento do desemprego é a grande ameaça à pobreza, uma vez que uma boa parte daqueles desempregados não irão voltar a encontrar trabalho ou, se encontrarem, ficarão sempre sujeitos a salários mais baixos.»

Comments

manuel gouveia said…
Curiosamente, vendendo o leite, o iogurte, a manteiga, a pescada, a batata, etc... ao mesmo preço que em Portugal, Belmiro consegue ter lucro nos seus supermercados espanhóis pagando aí o dobro do ordenado.

Não me parece estranho que assim seja, o que eu acho estranho é como é que as empresas portuguesas conseguem dar lucro sem contarem com quadros como o Bento!

Talvez com quadros superiores mais competentes e não tão bem remunerados, não seja preciso pagar aos trabalhadores ordenados de miséria.

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