O DOCE PLAYBOY PARISIENSE JOSÉ SÓCRATES
Estúpida e falaciosamente, a fonte que assume o argumentário autodefensivo do playboy parisiense José Sócrates só não diz como, na situação desesperante para que os seus governos conduziram Portugal, se evitaria efectivamente o pedido de ajuda externa, só diz as suas consabidas consequências. Chama-se a isto o silogismo do diabo. Porque ser capaz de dizer isto: «Vemos hoje tudo o que perdemos por ter pedido ajuda externa: níveis de desemprego, de falências, ratings da República, dos bancos: quantos anos vamos demorar a regressar aos níveis de há um ano?», mas não dizer dos excessos despesistas em que se laborou devoradoramente em ânsias eleitorais e derivas amiguistas nos ajustes directos e nas PPP coveiras, só mesmo dentro do âmbito das coisas infernais. Porém, nesta história, como Passos não invoca o passado, deve ser porque o quer absolver. Enquanto Sócrates e o bando não tiver um processo e não forem escalpelizadas as suas contas, nunca teremos aprendido a lição.
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