QUANDO SÓCRATES COMPRAVA PINAS
E ainda hoje Pina não aborda assuntos com Sócrates dentro, não se percebe se por um desejo de se não conspurcar, o que é perdoável, se somente para não hostilizar afinal a mão animal que lhe pagou um almoço feroz. Gosto do Pina e é uma pena que obcecado que está com os troykistas Passos, Gaspar e Portas, nunca alargue criativamente o âmbito da sua fixação aos agentes remotos da actual austeridade e do diabo que nos carrega: «Uma coisa parece certa: o convite para almoço não foi por amizade, curiosidade ou simpatia particular. Foi certamente por interesse em catar um intelectual, para um círculo de giz protector.
Manuel Pina diz que depois se distanciou de Sócrates quando descobriu por si que era um mentiroso. Não disse assim, mas vai dar ao mesmo.
Devia ter percebido logo aquando do primeiro telefonema quem era a pessoa em causa. Até porque já havia muitos a dizê-lo e com provas do carácter pinoquial.
Estas coisas são sempre uma pena porque denotam penosamente um traço: o poder, quando quer, compra amizades ou, melhor dizendo, compra neutralidades críticas.» josé
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