O PRAZER DE ALVEJAR

Não é por nada, mas o gosto de alvejar Cavaco cresce na proporção das suas aparições sonsas e das suas intervenções virginais. Pode vir Marcelo tentar pôr água na fervura. Em vão. Quando Aníbal procura passar uma imagem amadora de si, dos seus rendimentos ou da sua solidariedade, falha e cai redondo. Não é muito mau que se alveje Cavaco com esta ou aquela fórmula cómica, aquele sarcasmo, aquela sátira, este remoque. O mal está feito. Péssimo é que se deixe pastar em sossego o hiper-ultra-Cavaco — Sócrates, que se refastela tranquilamente em Paris e deveria bater o esqueleto pelos tribunais e não ter nem um décimo do descanso que o Estado de Pseudo-Direito lhe confere. Chegámos a um ponto em que o sarcasmo não enche a covinha de um dente. Nem o remoque, nem a sátira. É necessário ou Tribunal ou alguma violência compensatória.

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