E ENQUANTO SE BRINCA ÀS GREVES

O pessoalzinho subalterno da Troyka estará a caminho para proceder à oitava avaliação ao programa de ajustamento financeiro. A coisa arrancará a 15 de Julho, em coincidência com com o prazo-limite imposto ao Governo para concluir as alterações legislativas para cortar na despesa pública, a verdadeira quadratura do círculo do Regime, fonte de muito choro e ranger de dentes, passes lancinantes de demagogia e conversa de encher. Mais uma batalha, mais pedra para partir mais vaca de milhares de funcionários públicos atirados ao precipício. Uma coisa são as divergências das cúpulas na missão do Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional, outra o que fazem e pedem os delegados e negociadores menores, os quais rugem e são duros de rins na margem negocial de que se sentem investidos. Em cima da mesa, mais cortes na despesa pública e a luta pela continuação do grande aplauso do Eurogrupo e do Ecofin. Um esforço titânico é imposto aos cidadãos dependentes exclusivamente do trabalho [não a quem tem e a quem pode] para salvar a Moeda e a União Europeia. A tal grau que nos vai pulverizando o ânimo um pouco todos os dias. Não há dinheiro. Os indivíduos não o têm. As famílias não o têm. A penúria gera raiva. A raiva paralisa tal como o medo. Se não é esta sabedoria, esta calma de viver sem dinheiro, preservando a alegria e a sanidade mais elementares, o melhor era morrer...

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