O BURIL DO SUCESSO

Nada mais normal que isto: se no primeiro trimestre, o défice público ascendeu a 4167,3 milhões de euros, ou seja, 10,6% do PIB registado no mesmo período, já em 2012 nos três primeiros meses do ano, o saldo negativo havia sido de 3206,9 milhões de euros, 7,9% do PIB. Até ao final da desta execução orçamental há vindima e a possibilidade de boas surpresas. O perfil do défice não é idêntico ao do ano passado no período homólogo, os três primeiros meses do ano. Não se havia verificado: 1. a injecção de capital de 700 milhões de euros feita pelo Estado no Banif; 2. o Estado a pagar parte substancial dos subsídios aos funcionários públicos, o subsídio de Natal, cujo corte no ano passado foi chumbado pelo Tribunal Constitucional e que está a ser pago em duodécimos desde Janeiro. Portanto, a cada ano, semestre, trimestre, as suas exigências sob o exigente buril de uma execução exigentíssima. Ainda não chegámos ao ponto de fabricar nota na garagem do Regime, como preconiza o dr. Soares para a Zona Euro.

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