ENTRE A CILADA DE FICAR E A MOBILIDADE RADICAL
Fala-se demasiado na emigração. É um facto que ela existe e intensifica-se. Do mesmo modo a migração interna. Do mesmo modo a chegada em massa dos filhos das elites e classes médias-altas africanas a fim de estudarem por cá e por vezes por cá ficarem. São milhares todos os anos a compor a população estudantil no diversos níveis de ensino. Não sei por que pegou neste tema sensível o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas: não havia necessidade de retomá-lo muito menos numa perspectiva de encómio forçado. Não precisamos da caução ou do elogio governamental dos que saem qualificados a fim de se qualificarem ainda mais ao buscarem dignidade de vida fora de Portugal, em qualquer parte do mundo onde se pague bem e se possa crescer. Na verdade, já nem se pode chamar ao que acontece com os jovens portugueses "emigração", mas Mobilidade Radical: tenho família em Londres, amigos em Nova Iorque. Olhar para outros mundos é o nosso nome do meio e melhor fora que não fosse tanto assim. Bastava um Estado menos na mão do Centrão, menos corrupto e onde os melhores gestores, com provas dadas, sem sede arrivista e furona, aflorassem, em vez de carreiristas políticos exclusivamente políticos, habituados a apunhalar, trair, esmagar nas distritais e sem mais mundo que esse mundo razo e peco. Se tivéssemos tido trinta anos assim, teríamos agora autoestradas de oportunidades em vez do obsceno saque ao cidadão.
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Ass.: Besta Imunda