DA HUMILDADE ESTALINISTA DA COMISSÃO

Discorde Bruxelas como discorde da admissão de culpa por parte do FMI, nesta enredada matéria dos erros cometidos no programa de ajuda à Grécia com a subestimação do impacto da austeridade na economia, houve beneficiários e perdedores talhados pela natureza das circunstâncias e dos Regimes. Sabe-se que no período de Crise 2008-2009, a Alemanha [que foi o segundo grande comprador de subprime], os bancos alemães, compraram imensa dívida soberana dos Países do Sul, garantiram financiamento à vontadinha a diversos Estados do Euro, entre os quais Portugal, um dos mais sôfregos por gastar e gastar. Desintoxicaram-se dos activos tóxicos. Mais tarde, chegou a hora de reaver o dinheiro. À bruta. Com a austeridade como via de sentido único. Culpas repartidas, Governos eleitoralistas e corruptos, o vício da dívida e a dívida do vício, oportunismo de quem oferece a Lua aos seus eleitorados e guarda o que puder para si em offshores, temos que a receita sobre estes mesmos países intervencionados teria de ter erros e teria de observar excessos. Agora é tarde. As vítimas seguirão sendo vítimas. Admitir erros não chega, mas bem que o Aparelho Estalinista Europeu, Comissão Europeia, por exemplo, só ganharia em admitir um erro. Um, pelo menos. Mas não se pode esperar tal coisa da sublime Comissão.

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