QUE A RTP NÃO ESCAPE
À luz dos dramáticos sucessos recentes com a TV pública grega, onde a resistência à mudança conduziu à radicalização das partes e à decisão extrema do corte do sinal, temos mais é de olhar para a nossa RTP como uma estrutura pesada e onerosa, mais uma, a qual deverá necessariamente ser renovada e morigerada e em face da qual o que é preciso é haver autoridade moral para actuar e mudar, do que se duvida. Se o Regime Português é corrupto e as suas bancarrotas sucessivas são filhas da corrupção, a RTP não pode sair incólume num tal xadrez. Bem pode a Comissão de Trabalhadores da TV e Rádio públicas fazer olhinhos de terror a Alberto da Ponte, concitando-o a compromissos na defesa do grupo português: nós, desempregados, subpagos, ultraprecários, pais de família sem cheta, vítimas de carne e osso da malignidade corrupta do Regime Português, esperamos muito mais da lei da gravidade.
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