VAIOCRACIA DO DR. SOARES
Se o dr. Soares acha que a democracia deve render-se à vaiocracia, deveria considerar atentamente a quantidade de insultos que recebe nos comentários aos seus artigos de opinião no DN. São centenas de vaias a cada texto. Por que não organiza um campeonato de urradores na Aula Magna a ver se assim se resolve um só problema do País?! Uma vergonha que o ancião, na sua tolice e na sua irresponsabilidade, não compreenda o que está em causa e que riscos corre Portugal com uma crise política neste momento crucial. Temos de nos libertar do fermento fúngico e completamente estéril do dr. Soares e do dr. Pacheco. Segundo eles, quando as coisas estão más devem piorar. Todos os pretextos servem à sanha revolucionária e golpista do dr. Soares. Isto porque não se enxerga: não quer perder o que tem; quer legar a sua cadeia de comando e influência maçónica plutossocialista a um sucessor qualquer, pode ser Seguro. A corrupção antes de ser qualquer outra coisa, é moral e espiritual e parece ser a grande lepra de que padece a vetusta eminência parda, Mário Soares: tragicamente, está a milhões de milhas de ter sido alguma vez um Mandela para os Portugueses. Não passa de um Mugabe sorrateiro, de um Fidel conspirativo, de um Ceausescu enrustido, pode beijocar e imposturar Dilma como quiser.
Comments
continuam na versão
socialismo(ML)
Tem muito a ver com este texto que transcevo com a devida vénia:
"Filhos do 25 de Abril"
26/04/2013 | 00:02 | Dinheiro Vivo
A geração que fez o 25 de Abril era filha do outro regime. Era filha da ditadura, da falta de liberdade, da pobre e permanente austeridade e da 4.ª classe antiga.
Tinha crescido na contenção, na disciplina, na poupança e a saber (os que à escola tinham acesso) Português e Matemática.
A minha geração era adolescente no 25 de Abril, o que sendo bom para a adolescência foi mau para a geração.
Enquanto os mais velhos conheceram dois mundos – os que hoje são avós e saem à rua para comemorar ou ficam em casa a maldizer o dia em que lhes aconteceu uma revolução – nós nascemos logo num mundo de farra e de festa, num mundo de sexo, drogas e rock & roll, num mundo de aulas sem faltas e de hooliganismo juvenil em tudo semelhante ao das claques futebolísticas mas sob cores ideológicas e partidárias. O hedonismo foi-nos decretado como filosofia ainda não tínhamos nem barba nem mamas.
A grande descoberta da minha geração foi a opinião: a opinião como princípio e fim de tudo. Não a informação, o saber, os factos, os números. Não o fazer, o construir, o trabalhar, o ajudar. A opinião foi o deus da minha geração. Veio com a liberdade, e ainda bem, mas foi entregue por decreto a adolescentes e logo misturada com laxismo, falta de disciplina, irresponsabilidade e passagens administrativas.
Eu acho que minha geração é a geração do “eu acho”. É a que tem controlado o poder desde Durão Barroso. É a geração deste primeiro-ministro, deste ministro das Finanças e do anterior primeiro-ministro. E dos principais directores dos media. E do Bloco de Esquerda e do CDS. E dos empresários do parecer – que não do fazer.
É uma geração que apenas teve sonhos de desfrute ao contrário da outra que sonhou com a liberdade, o desenvolvimento e a cidadania. É uma geração sem biblioteca, nem sala de aula mas com muita RGA e café. É uma geração de amigos e conhecidos e compinchas e companheiros de copos e de praia. É a geração da adolescência sem fim. Eu sei do que falo porque faço parte desta geração.
Uma geração feita para as artes, para a escrita, para a conversa, para a música e para a viagem. É uma geração de diletantes, de amadores e amantes. Foi feita para ser nova para sempre e por isso esgotou-se quando a juventude acabou. Deu bons músicos, bons actores, bons desportistas, bons artistas. E drogaditos. Mas não deu nenhum bom político, nem nenhum grande empresário. Talvez porque o hedonismo e a diletância, coisas boas para a escrita e para as artes, não sejam os melhores valores para actividades que necessitam disciplina, trabalho, cultura e honestidade; valores, de algum modo, pouco pertinentes durante aqueles anos de festa.
Eu não confio na minha geração nem para se governar a ela própria quanto mais para governar o país. O pior é que temo pela que se segue. Uma geração que tem mais gente formada, mais gente educada mas que tem como exemplos paternos Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, Passos Coelho, António J. Seguro, João Semedo e companhia. A geração que aí vem teve-nos como professores. Vai ser preciso um milagre. Ou então teremos que ressuscitar os velhos. Um milagre, lá está."
Pedro Bidarra
Publicitário, psicossociólogo e autor
Escreve à sexta-feira
Escreve de acordo com a antiga ortografia
Alexandre