MERO PEÃO DE OBSCURA GENTALHA
Em lugar de se preservar da imagem indelével de fantoche inoperante que nos deixa, o governador do Banco de Portugal (BdP), uma vez mais, vem admitir que não serve para nada. Ele, que antes de revelar os factos puros e duros da economia, conforme sempre aparentou fazer no interregno PSD quando tinha apreciações traiçoeiras e desautorizadoras dos números do governo de então, revela as projecções que melhor convêm ao berlusconi de serviço, também vem hoje admitir que as condições económicas se degradaram e que, caso o banco central apresentasse agora previsões, estas seriam mais negativas que as divulgadas no passado dia 6 de Janeiro. E assim esta escola-PS-Maçónica de nos fazer de estúpidos está implantada. Como é que esta gente se desculpa de mentir e de dobrar para baixo a ousadira nos números horrendos da crise? Desdramatizando a sua estratégia de ocultação: "As previsões, se as fizéssemos hoje, seriam também mais negativas, porém não tanto como as da Comissão [Europeia]", disse. Claro. Pois. O governador Vítor Constâncio, que não possui uma coisa que a radiografia supra revela vertical e ao centro, se algures no passado tivesse sido vestigialmente sério e fiável, abster-se-ia de emitir a mais pequena sonorização de roedor. Aliás a história da supervisão falhada é o bivalve entalado que a mesma radiografia evidencia. Tem de ser extirpada. Em todo o caso, se o governador fosse e tivesse o que lhe falta, abster-se-ia agora, já que se revelou um mero peão-biombo de interesses mais altos e de uma gentalha mais graúda que ele, de falar aos jornalistas, teria um pingo de vergonha e demitir-se-ia do lugar eterno que ocupa vitalício e que não serve para absolutamente nada de útil ao País. É que é justamente de cromos como o governador, o PM e certos incensadores da trapalhada da economia nacional, em descrédito e em descalabro, que se riem de escánio e de piedade os demais Europeus que já toparam o chavismo putinesco que move o PS de Sócrates: poder, poder, não importa como nem à custa de quem e de quê. Ora, países que se deixam berlusconizar, como a Venezuela, a Rússia, a Itália e tantos outros, além de regredirem em quase todos os parâmetros que enforma uma sociedade saudável passível de esperança e sem os obstáculos e constrangimentos de um Estado Obstrutor, além de emagrecerem uma opinião pública já de si famélica de sentido crítico, servil e seguidista, disposta a entregar-se de pernas abertas ao Messias de Merda que lhe for vendido, servem de acabada anedota aos demais países que têm à frente do seus destinos servidores desprendidos e não Faustos presumidos.
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