PAÍS DOS QUATRO FFFF


Apesar do influxo de esperança trazido por Obama, esta semana foi ominosa para o mundo e em especial para Portugal pela simples razão de estar a fazer razia o problema do desemprego, e, por essa Europa, de rebeliões populares espontâneas deflagrarem em países ordeiros e briosos, como a Islândia, confrontados muitos cidadãos com dificuldades inesperadas e com factos consumados nas muito discutíveis opções económicas dos seus governos, rastilho do que promete vir por aí e alastrar. Em Portugal, as coisas do poder absoluto berlusconizado que se concentrou em Sócrates apodrecem a olhos vistos. Nem o controlo mediático que reunido nas suas mãos poderá agora livrá-lo quer do estigma, quer das mais legítimas dúvidas levantadas pela Bruma Freeport. Claro que este espécimen, como já vimos nos podres da licenciatura e nos projectos abéculas de moradias horrendas na Guarda ou Castelo Branco, nunca se manca e faz sempre o seu número circense que consiste em seguir em frente, contra tudo e contra todos, vitimizando-se de uma suposta cabala político partidária, ele cujos neurónios funcionam precisamente segundo esses vícios conspirativos de aparelhismo partidário, que passam por promover A, queimar T, silenciar Y, sublimar P. Vimo-lo ou não a jogar esse jogo reles com o PR a propósito do Estatuto Político-Administrativo dos Açores?! Cabe-lhe defender-se obviamente. Mas, dada a gravidade da situação económica, da óbvia incapacidade de o Governo salvar as Qimondas que se propõe salvar, dos limites impostos ao crédito e ao endividamento no exterior com a revisão do rating pela Standard & Poor's, tal é feito à custa de Portugal e apesar dos portugueses. O espírito democrático e o sentido de pudor ali sairam mirrados e a grandeza moral não é moda nem faz escola nas lideranças modernas: o líder trucida o adversário, fode com os grupos profissionais, rompe com as lealdades institucionais, mói a legalidade constitucional, consome de fisco uma economia rastejante, oprime e desconsidera os pobres e fracos, sobrevive pelo espectáculo, esmaga a concorrência, impõe trambolhos legislativos. Talvez mesmo só a justiça inglesa nos valha, um país entregue aos bichos, ao controleirismo hegemónico de um partido, o PS-Maçónico, um Estado dentro do Estado, um país atolado, carcomido e atrasado, abafado de demagogia, entregue aos delírios de uma forma chavista de estar. Pais agora dos quatro ffffs. O quarto é de Filhos, Freeport. Filhos da Puta.

Comments

antonio ganhão said…
Somos um país familiar, tios sobrinhos e filhos bem colocados. Previligiamos os MBA (muito bem aparentados)...

Cretino, vai-me ler, ok?
Pata Negra said…
Cala a boca minino não fala política, não fala política, não fala política!
Joshua, um abraço
Daniel Santos said…
Freeport?
Não falo da família dos outros, questões de educação.

O ultimo F está muito bem empregue.
Anonymous said…
Escreve o Tiago Mota Saraiva, no 5 Dias:

O comunicado de ontem à noite ou as declarações de Sócrates de hoje, não fazem sentido e são politicamente graves:

1. Perante este caso, que cruza a justiça portuguesa com a inglesa e cujos contornos já são públicos, o primeiro ministro deve tornar esclarecer quando e onde teve reuniões sobre o referido processo, em que condições e com que objectivos foram realizadas as referidas reuniões;
a) O primeiro ministro não pode dizer que, enquanto ministro, reunia com promotores imobiliários a pedido de presidentes de câmara;
b) O primeiro ministro não pode dizer num dia que nunca reuniu (5ª feira) e no dia a seguir desmentir-se;

2. O primeiro ministro não tem que responder publicamente, se o seu tio ou sobrinho lhe pediram favores, o que tem de tornar público é se alguma vez reuniu com os donos do Freeport e os seus familiares com que objectivos e em que condições;
a) O primeiro ministro não pode dizer que não se lembra se o seu tio lhe pediu ou não um favor porque, se assim é das duas uma, ou os seus familiares lhe pedem muitos favores ou tem uma doença grave que lhe provoca ausências de memória;
b) O primeiro ministro tem de esclarecer publicamente se, na reunião que hoje disse ter tido com os donos da Freeport, também estaria presente algum seu familiar ou representante e não pode dizer que não se lembra;

3. O primeiro ministro não pode lançar a suspeita que a investigação é retomada por estarmos a entrar em período eleitoral, porque quanto mais não seja, revela que acredita que o ministério público possa ser influenciado por pressões políticas. Numa altura em que a maioria dos portugueses acredita que possam ter existido graves e bem sucedidas pressões políticas em diversos casos mediáticos - Casa Pia, Portucale, Moderna, Independente, as suas declarações são um tiro no pé.

4. Perante este caso, de tamanha gravidade, os portugueses não querem saber a opinião do primeiro ministro ou se se sente ou não abalado. O primeiro ministro tem de tornar públicos factos, que se provem verdadeiros.
Anonymous said…
E o Pedro Almeida Vieira escreve:


Reflexões sobre o Freeportgate

Pela minha experiência como jornalista da área de ambiente, o processo de avaliação de impacte ambiental do Freeport foi, a todos os níveis, anormal. E a celeridade e as coincidências são demasiado suspeitosas.

Fazendo um historial do processo, consultando os dados da Agência Portuguesa de Ambiente, o primeiro estudo de impacte ambiental (EIA) foi apresentado em 10 de Junho de 2000, tendo as autoridades ambientais levado mais de quatro meses (25 de Outubro de 2000) para determinarem que o EIA estava desconforme com as premissas da lei. Ou seja, foi devolvido.

Somente em 22 de Maio de 2001, o EIA do Freeport Leisure - que entretanto substituíra o Grupo McKinney como promotor - dá entrada novamente nas autoridades ambientais. Cerca de três meses depois, em 9 de Agosto de 2001, inicia-se a consulta pública, que decorre até 18 de Setembro de 2001. Note-se - aspecto muito importante -, o tempo médio entre a entrada do EIA e o início da consulta pública é, por regra de cerca de três meses (por vezes mais, muito raramente menos). A consulta pública demora 40 dias, o máximo legal. Ou seja, até aqui tudo normal. Este EIA é, então, objecto de decisão em 6 de Dezembro de 2001: desfavorável, por razões ambientais. Note-se também que este «chumbo» sucede 10 dias antes das eleições autárquicas que levaram à demissão de António Guterres.

Ora, a partir daqui, tudo se altera. Em tempo recorde, o Freeport Leisure reformula o EIA, retirando-lhe apenas o hotel e o health club, e consegue que o processo de avaliação de impacte ambiental se inicie em 18 de Janeiro de 2002. Também em tempo recorde, a consulta pública inicia-se apenas 12 dias depois da entrada do novo EIA nas autoridades ambientais. Não me recordo - e estive a vasculhar muitos prazos de outros processos de avaliação - de outro processo que passou tão rapidamente da entrada do EIA para a fase de consulta pública. O prazo estabelecido, embora dentro da lei, foi encurtado: em vez de 40 dias (como na anterior avaliação do EIA chumbado), este só teve 30 dias.

Terminada a consulta pública em 5 de Março de 2002, a decisão favorável do secretário de estado do Ambiente de então, Rui Gonçalves, é feita em 14 de Março. Ou seja, sete dias úteis depois. Foi rápido, mas não anormalmente rápido, porque em processos não muito complexos, sem grande participação pública, este prazo demora, por regra, menos de um mês (nos mais complexos pode levar vários meses).

Ora, mas a aprovação do EIA no dia 14 de Março de 2002 coincide com a data do Conselho de Ministros que aprova a alteração dos limites da ZPE do estuário do Tejo. E é aqui que está todo o busílis. Mesmo sem conhecer os pressupostos da declaração de impacte ambiental assinada pelo secretário de Estado, certo é que caso a área do Freeport continuasse inserido na ZPE do estuário do Tejo, haveria problemas legais, quer a nível nacional quer comunitário. Com efeito, um projecto daquela natureza numa ZPE exigiria sempre um estudo de alternativas de localização - e o Freeport não teve. Por outro lado, o tipo de ocupação, ainda mais nas margens do estuário, não seria aceitável dentro daquilo que são as premissas da Rede Natura - e a Comissão Europeia certamente interviria, mais ainda por causa da questão ponte Vasco da Gama, que na época ainda estava «quente». Por isso, há uma relação causal directa entre a alteração da ZPE e a aprovação do EIA.

Quanto às relações perigosas entre familiares de José Sócrates, o Ministério do Ambiente e a Freeport, à paragem das investigações durante anos no Tribunal do Montijo e outras coisas esquisitas, é um «caso de polícia».

Mas há apenas um pormenor a reter: José Sócrates, em Março de 2002, nunca imaginaria estar de novo no poder três anos depois... e muito menos como primeiro-ministro. E outra coisa mais: começam a suceder-se demasiados casos no passado de José Sócrates que lhe começam a pesar politicamente. De cor, recordo-me do processo de licenciatura, das ligações também perigosas à construção da estação de compostagem da Cova de Beira, dos seus antigos projectos de arquitectura na zona da Covilhã e agora este caso. Não me recordo de um primeiro-ministro com uma casa que parece ter tanta telha de vidro.

Etiquetas: ambiente, justiça, Ministério do Ambiente, polémicas, política
Anonymous said…
O caso Freeport
Sempre olhei para o caso Feeport como um verdadeiro «caso de polícia». Parece que se confirma sê-lo, não por via da iniciativa da polícia portuguesa (que continua a preocupar-se pouco com a corrupção no sector urbanístico), mas sim da inglesa. Apesar de pouco impacte este caso esteja a ter actualmente em Portugal - apesar das revelações cada vez mais comprometedoras, entre as quais um alegado ex-ministro de Guterres ter recebido «luvas» e de hoje terem sido feitas buscas a casa e empresas de um tio do actual primeiro-ministro e ex-ministro de Guterres, por sinal responsável pela alteração da ZPE do estuário do Tejo -, algo me diz que, das duas uma: ou o caso é abafado simplesmente por razões políticas ou vai haver queda de Governo.

Nota: nos meus arquivos, fui desencantar um artigo que fiz no Expresso, em Setembro de 2001, pouco antes de deixar de colaborar naquele jornal. Deixo aqui o texto que então escrevi.


UMA empresa britânica - a Freeport Leisure - pretende instalar um complexo lúdico-comercial em Alcochete, em plena Zona de Protecção Especial (ZPE) de Aves do estuário do Tejo e da Rede Natura, numa área de 37 hectares que coincide, em parte, com a antiga fábrica de pneus da Firestone.

Para uma área de quase 13 hectares está projectada a construção de um centro comercial em modelo «outlet» - espaço aberto -, com 28 salas de cinema, um «health club», uma zona de restaurantes e bares, uma discoteca, um centro de «bowling» e um hotel com 120 camas e centro de congressos.

Contudo, associado ao centro lúdico-comercial, será construído também um parque de estacionamento para cerca de três mil veículos, englobando perto de 11,5 hectares. Além disso, noutra zona adjacente, bastante próxima dos sapais, a Freeport Leisure pretende implantar, em 13 hectares, «um projecto de renaturalização, visando uma qualificação do ponto de vista ambiental».

Estas duas parcelas estão totalmente integradas na ZPE e, segundo a Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET) - a entidade gestora daquela área - estão ainda abrangidas pelo regime da Reserva Ecológica Nacional (REN), que proíbe a ocupação e movimentação de solos. O representante da empresa britânica em Portugal, João Cabral, diz que «o projecto de renaturalização é uma forma de compensar a ocupação da área do estacionamento».

Divergências ambientais

Nessa altura, o então vice-presidente do ICN, José Manuel Marques, referia que «a implementação do projecto (...) não constitui uma incompatibilidade face aos objectivos da conservação da natureza (e da avifauna em particular) e ao quadro normativo e legal que sobre a zona incide». E considerava que seria suficiente a renaturalização da área do antigo pomar para eliminar os efeitos negativos.

No entanto, o plano de gestão, aprovado ainda em 1999, refere que na área da ZPE se deve «manter o carácter rural do espaço» e que «as densidades de povoamento urbano (deverão ser) idênticas ou inferiores às actuais». Isto significa que, quanto muito, se poderia substituir o volume de ocupação da fábrica de pneus por uma área idêntica de uso comercial, mas sem intensificar a presença humana.

Apesar dessa posição inicial do ICN, Antunes Dias, director da RNET,diz que «um parecer daquele género não tem qualquer validade, porque nada pode contrariar a legislação específica de protecção da zona».

O presidente do ICN, Carlos Guerra, afirma que o seu então vice-presidente - que, no ano passado, foi exonerado por José Sócrates por causa do empreendimento do Abano, no Parque Natural de Sintra-Cascais - terá emitido um «parecer voluntarioso». «Não será tido em conta na avaliação do projecto», garante.

Antunes Dias relembra também que a autarquia de Alcochete não pode aprovar nada para aquela zona. Com efeito, a Resolução de Conselho de Ministros de 17 de Julho de 1997 - que aprovou o plano director municipal de Alcochete - excluiu a possibilidade de ocupação da área da antiga fábrica de pneus com actividades de usos urbanos.

De qualquer modo, sob este projecto paira o precedente criado pela aprovação do centro de estágios do Sporting, em Alcochete, que também se encontra na ZPE do estuário do Tejo. Carlos Guerra defende, contudo, que «são processos distintos, porque a ocupação é diferente».

Este tipo de precedentes tem sido criticado por vários quadrantes. Ainda há poucos meses, o presidente da autarquia da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, afirmava ao EXPRESSO «não compreender que se tivesse aprovado o projecto do Sporting e o Ministério do Ambiente tenha chumbado o empreendimento turístico da Lagoa da Vela», na zona de Buarcos, também localizado na Rede Natura.

Expresso, 1/9/2001 Pedro Almeida Vieira
Anonymous said…
«O Sol noticiou o caso Freeport. Os recentes actos judiciais mostraram que com razão. O assunto não tem a ver com eleições, mas com acções duma justiça independente, a britânica. Segundo a imprensa, por causa das notícias do Freeport, o Sol foi agora alvo duma acção de controle político por parte do PS, que controla o BCP, accionista do jornal. O PS de Sócrates quer calar o Sol por causa duma investigação que aparece nas notícias e comentários relacionada com Sócrates. Este PS de ditadura político-financeira já não é o mesmo de 1975, do caso República. A Controlinveste despediu 122 pessoas, incluindo dezenas de jornalistas do DN e do JN: eis o preço da subserviência editorial ao governo; os cidadãos não querem ler jornais alinhados com o poder. Os jornalistas que vivem o medo nas redacções deveriam reflectir se vale a pena calar-se perante linhas editoriais assim. Como proletários que são e como os proletários de ontem, deveriam ver se têm alguma coisa a perder em opor-se a isto. Jardim, na Madeira, aproveitou para despedir no dia seguinte 20 pessoas do “seu” jornal regional. Que esperto foi: a central de propaganda do PS e governo, sempre pronta a atacá-lo, nem tugiu nem mugiu.»

Eduardo Cintra Torres, Público
Anonymous said…
CONTRA AS NUVENS DE FUMO:

José Sócrates e Augusto Santos Silva (este na SIC) justificam as recentes notícias com o facto de ser ano de eleições. A coisa poderia fazer algum sentido se as notícias tivessem tido origem num boato ou rumor, na comunicação social, num blog, num partido da oposição ou na oposição do partido. Mas não foi assim. A investigação efectuada deveu-se apenas ao facto de os ingleses terem dito ao Ministério Público para pousar a viola, parar de assobiar para o lado e pôr-se a investigar. Deste modo, quando o Primeiro e o Ministro da Propaganda vêm relacionar os factos com as eleições, a acusação gravíssima que estão a fazer é ao Ministério Público. Exige-se, portanto, que o Senhor Procurador-Geral da Republica reaja.


posted by VLX
Anonymous said…
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Bom domingo.

Rantanplan.


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Daniel Santos said…
CRUZ CREDO!!!
Anonymous said…
Que acredites na prevalência dos trastes, fazes bem mas nunca te esqueças que os estupores dissimulados são piores!
E ainda que "pimenta no cu dos outros é refresco no nosso".
Anonymous said…
O Grande mal das "ausências" do Nosso Primeiro é o facto de ele sofrer duma memória geográfica trepanada de buracos negros para onde implementa todos os projectos FREE - Portas implementadas para o espaço reservado aos seus interesses e aos dos corjianos que lhe puxam o lustro em troca de mais um "buraquinho" negro claro, para um membro da Família! Não há Universo que chegue...e a prová-lo está a falta de oxigénio que temos! Isto não é para rir é mais uma vontade de asfixiar esta gente de vez!
Anonymous said…
Hi
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