UM DESASTRE CHAMADO SÓCRATES


Este aspirante a berlusconizar Portugal, a engolir Portugal como uma fatia desprezível, que deixa atrás de si uma obra tirânica e desrespeitosa da nossa inteligência e aferição da realidade, do desastre das contas públicas, e que dá tudo para vender ilusões e mentir como um profissional do Oco que nunca se manca de que o problema é ele e a sua vertigem de Poder a qualquer preço, que nunca escuta nem atende ninguém, vem agora grasnar uma moção repleta de treta do que define como meta nas próximas legislativas o desastre do que seria uma nova maioria absoluta ainda mais trágica e ainda mais demagógica. A Mentira orienta-o e guia-o em todas as coisas e palavras, enquanto distribui chocolates e rebuçados ao prometer reforçar os direitos dos imigrantes, dar abertura ao "casamento civil" homossexual e voltar a referendar a regionalização. Poder e mais poder. Não por acaso escreve tardiamente Vasco Pulido Valente: «(...) A política do Governo está irremediavelmente desfeita e as previsões para o futuro próximo são arrepiantes. Sócrates pretende que tudo isto é o resultado da crise internacional. Não é. É também em grande parte responsabilidade dele. A Standard & Poor's baixou o rating de Portugal (o que nos fará pagar mais caro qualquer empréstimo externo) não apenas por causa da miséria económica e financeira a que o país chegou. Repetindo o que já disseram e escreveram milhares de portugueses, a Standard & Poor's contou - e talvez principalmente - com o fracasso das reformas de Sócrates: com o fracasso da reforma da administração, em primeiro lugar, e, a seguir, da saúde e do ensino. Infelizmente, Sócrates nunca ouviu quem o avisava. Preferiu sempre acreditar na sua própria propaganda: sobre o Simplex ou sobre o valor tecnológico do que Portugal exportava, que ele supunha ter enfim transformado e que afinal ficou por um pequeno (e precário) progresso. Ele era a única fonte da verdade. Acontece que a verdade era outra. Começa agora a surgir por aí um argumento, que se aproxima da chantagem e que é bom perceber e recusar: o argumento de que o país não sobrevive sem a maioria absoluta do PS. Ou seja, o argumento de que sem a autoridade de Sócrates cairíamos rapidamente no caos. Da geral falência do Governo, sobrou, muito a custo, esta imagem do "homem forte", que, em teoria, justifica o resto. Além do odor à velha convicção de que o indígena gosta que mandem nele, há aqui a extraordinária ideia de que mais vale um primeiro-ministro incompetente e cego a uma solução qualquer que, embora frágil ou efémera, evite a persistência no erro. O juízo imparcial e desinteressado do Economist e da Standard & Poor's mostra o perigo de confiar no incontrolável. Uma dose de Sócrates levou ao que levou. Quem sabe ao que levará a segunda?»

Comments

Daniel Santos said…
Da lista que apresentou de desejos, eu faço toda a questão de não contribuir para a realização de nenhum.
Joshua
Pobre povo sem vontade que acredita em quem dele se serve para gáudio das suas perversões.


Abraço
SEM MEDO said…
O Joaquim Santos vai deixar de dizer mal de Sócrates.
Finalmente o Primeiro Ministro aposta forte no casamento de homossexuais, o Joshua já poderá casar com o namorado.
Anonymous said…
Se eu pudesse desdobrar-me em votos o Zeca ganharia por "maioria absoluta de abstenções" podem ter disso a certeza para que não lhe restasse nenhuma dúvida da sua arrogância ignorância e gula politiqueirenta...rrrrssss

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