OFÍCIO DE DIZER MAL


Eu gostava muito de compreender por que motivo os apioantes mais desesperados do PS e de esta legislatura vêm agora com simplismos inadmissíveis, dizendo que há, neste país, quem babe de prazer pelo facto de os números da economia avançados pelo Governo e pelas instituições que controla ou que lhe servem de guarda-chuva não terem credibilidade por serem manipulados para baixo ao passo que os números das instituições isentas da Europa são francamente apontados para cima: mais défice, mais desemprego, menos crescimento do PIB. O que está em causa não é babar pelo quanto pior, melhor. Está em causa a percepção de que os governos PS/PSD, sobretudo e especialmente o governo Sócrates porque levou ao limite do dispendioso e do malignamente perfeccionista o governar para a fotografia para a ilusão e a banha da cobra, não são sérios por sistema, nem fiáveis, nem dignos do menor benefício da dúvida. Preferem fazer merda da grossa a perder a face. No Parlamento, é fugindo às perguntas, é negando à primeira, mas assumindo depois, medidas inteligentes que outros partidos gizaram em bom tempo, agora que a crise aperta, que o Governo Sócrates finge governa. Iniciativa zero. Fingimento? A mil %. É na verdade dizendo mal do PCP, do BE e do PP que o Governo finge que governa. Um dos maiores milagres da legislatura é, por exemplo, a reconversão de Mário Crespo, graças a uma promessa qualquer, quiçá de uma Washington nova como correspondente obamamente babante, num fervoroso apoiante de um fiasco e de um flop, de uma máfia lesiva de Portugal: Sócrates e o seu governo de ridículos agentes básicos de segunda linha e terceira categoria. Esta trupe de perigosos amantes do Poder a todo o transe alojam-se no PS perigosíssimo de Sócrates, um berlusconi sui generis, que detém os Media, o poder judicial no bolso mais pequenino do Armani. Quem vem meter nojo, mentir, manipular os factos, deve estar desesperado por que se reedite um governo imcompetente e mentiroso, um que se farta de argentinizar os números reais da economia, um que rebentou com toda a credibilidade que deveria conservar e ampliar. Mas enfim, não faltam peões a fazer o seu papel dentro de um amplo jogo sujo de manipulação do primarismo mais concordante dos respectivos comentadores domesticados. Espero que o PSD e o PS obtenham uma derrota retumbante nas próximas legislativas e que os pequenos peões que lhes fazem o jogo nas diversas localidades não se vejam com os tachos por que vão lutando, de jantar conspirativo em jantar conspirativo, onde se definem os lugares, os tachos, as vantagens futuras, se se trabalhar bem no terreno, a favor de uma mentira e de uma incompetência chamada Governo Sócrates, essa agremiação de asnos. À falta de um manguito que se veja a quantos se afadigam por fazerem dos seus argumentos peregrinos e tetraplégicos nós de marinheiro para trocarem os olhos de leigos, deixo as nádegas bem modeladas de uma jovem disso orgulhosa. Tomem, se já tiverem superado a génerica incompetência para lidar com goluseimas destas. PS e PSD com maiorias absolutas ou relativas é que nunca mais. Prefiro o Caos só temido, mas impossível, meu amor, à choldra de mamões em que estes dois partidos se converteram.

Comments

Anonymous said…
Apoiado 200%… 100 para o artigo e 100 para a miúda!!!!!
Anonymous said…
Olha, então é assim ... a crise que nos bateu à porta, agravada pelos males endémicos da nossa sociedade e da nossa economia, somada à errância governativa deram em merda!
Estás satisfeito?

Mas agora, e porque parece que gostas de atazanar de vez em quando, vamos a umas perguntas, a umas constatações e a umas afirmações. Sem rede, sem teias, sem peias ...

Pode-se lá admitir, seja com o Governo Sócrates, com o Governo Barroso ou com o Governo da puta que os pariu que haja filhos da puta que esfreguem as mãos de contente só por pensarem que, como não são os nossos, que se foda que quanto pior, melhor?

Pode?
Achas que sim?
Achas tu, porventura, que a puta da mania de vermos as coisas a preto e branco ou a cor de rosa é a única forma de ver o mundo?

E escusas de vir convenientemente disfarçar que o que está em causa são os governos PS/PSD, pois a ti saiu-te um olho da órbita e só vês para um lado, neste momento.
Não me fodas, portanto e assume essa merda.

Tens problema em quê?
Em dizeres que és do PSD?
Mas é vergonha seres do PSD ou simpatizares com a Manuela Ferreira Leite?
Vergonha seria, isso sim, que fosses um daqueles que dão para os dois lados ...

Quanto a resto, eu não sei se te meto nojo, mas certamente não estou desesperado porque já perdi as esperanças que seja pela via partidária que se mude seja o que for.
Se queres que te diga, estou-me borrifando que seja um PS maioritário ou minoritário a governar; e se for um PSD, não me vou deitar abaixo da ponte!

Também não sei que caralho te foram dizer, mas não vejo qual seja o problema de um grupo de amigos que, sim, cometeram o supremo pecado de serem eleitos locais manterem o hábito de jantar, falarem da vida política local e dizerem, ali olhos nos olhos, mal uns dos outros e mandarem umas farpas!

E é verdade que estivemos à mesma mesa com uma pessoa que já foi várias coisas na política e continua a sê-lo!

Se quero um tacho?
Não sei o que pensas ser isso, por isso deixo ficar um sabe-se lá ...

Mas noto que, pelos vistos, a ti e a outros apoquenta-vos imenso que eu tenha sido adjunto dum presidente de Câmara e a ti só te falta dizer que nos anos que fui professor já era um agente deste Governo.

É aí que reside uma diferença entre nós, meu caro ... não tenho pejo, nem nojo em me sentar à mesa com quem eu quero, mas sempre procurei manter a minha independência de espírito. Se isso significa ser peão? É provável. Mas mais vale peão toda a vida que a verticalidade, como dizas há dias, de gajos que fazem um estrondo filho da puta mas no pouco tempo que estiveram onde estiveram mamaram 10.000.000,00€. Sabes o que isso é? Não?
Pois olha, este cabrão deste socialista afectivo ou filho da puta, que deve ser o que pensarás de mim, também não!
Anonymous said…
Quando os convertidos se colam aos seguidores. Como os que seguem...
São Sò(crates) e outros, de pau carunchento, o diálogo dá em impropérios ribeirinhos que por si revelam já perdidas as razões em que eventualmente tivessem acreditado é uma forma despeitada de não aceitar perder. Ora nada mais nobre do que reconhecer perder para salvar...o que ainda resta! Eu sou do Norte! mas entendo que temos um diccionário riquíssimo em adjectivos para explicitar a substância dos nossas ideias Construam rapazes!

Popular Posts