NA AGONIA DO REGIME
«Mas o que realmente interessa nesta volta da política portuguesa é o facto de, de um lado, termos um vendedor de facilidades e irrealismos e do outro um Presidente que pode continuar a pôr o dedo nas feridas, certo que só as curaremos se as virmos bem. Cavaco só pôs a nu a ameaça de derrota do sistema pelo próprio sistema. Uma derrota moral fruto da decadência em que progressivamente nos fomos instalando: o Estado, os partidos, as instituições, a economia, os corpos intermédios, as famílias, os cidadãos. Uns pecando por acção, outros por omissão, quase todos criticando mas fechando os olhos e estendendo a mão, consentindo na priorização do efémero, do acessório, do imediato, do que parece mas não é, da transformação da política num jogo egoísta e infantil. Talvez nos fizesse bem um regime presidencialista...»
kjh
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