TUTORES DA MORTE


De vez em quando temos notícias espantosas sobre a importância de Portugal no mundo só para ficarmos com a sensação reconfirmada de que Portugal não tem importância absolutamente nenhuma. Tal é mais nítido quando se fica a saber que foram dadas instruções para a não autorização de sobrevoos ou aterragens em aeroportos portugueses de aeronaves que transportem material militar para Israel enquanto se mantiver a operação israelita em Gaza, indicaram hoje fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Sim, porque a capacidade de escrutínio e de chantagem portugueses são espantosos. Entretanto, nem uma palavrinha aos cultores e exibidores da morte em todos os tamanhos, formas e feitios do Hamas, covarde vitimador, porque quando alguém quer combater, primeiro avalia as suas hipóteses. Nem uma palavra censória ao Hamas e à sua cultura e estratégia de quanto pior, melhor. Deve ser aqui que uns e outros se unem afinal a uma certa esquerda ultra-tendenciosa portuguesa, mal Israel a dasapontou no passado, inviabilizando transformar-se em mais uma República Comunista dos Kibutz Unidos.
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2. Nada de novo sob o céu: ainda que se estabeleca um cessar-fogo, há muito reclamado pela comunidade gelatinosa internacional, será obviamente um cessar-fogo imposto pelo Forte, Vencedor, no terreno. Daí que o Fraco, ao procurar impor as suas tréguas [Hamdane, representante do Hamas em Beirute, já afirmou que só aceitará um cessar fogo caso Israel retire as tropas de Gaza: “Este cessar-fogo unilateral não prevê a retirada” do exército israelita e “enquanto ele permanecer em Gaza, a resistência e o confronto vão continuar”], coisa aliás ridícula, não seja para levar em consideração. Quando Ehud Olmert anunciar o cessar-fogo unilateral em Gaza, após 21 dias de bombardeamentos e talvez menos de uma semana de penetração e movimentações no terreno sem contemplações, e o anunciar numa putativa conferência de imprensa às 19h30 de Telavive (17h30 em Lisboa), segundo adiantam fontes governamentais, não será senão o anúncio indirecto da capitulção do Hamas. A tensão e o controlo serão israelita, pelo que o Tzahal reserva-se o direito de ripostar, caso o Hamas continue a abrir fogo sobre o sul do país. Por outras palavras, Israel ganhou território e 'pacificou' o ambiente. Havia há algum tempo uma espécie de slogan que eram dois: Paz por Território e Petróleo por Alimentos. Estes slogans miseráveis cumprem-se hoje pela lei da força dos fortes, em Gaza e no Iraque. A força moral, extinta e inoperante no paradigam impunitário do século XXI, não se manifesta nem intervém. Os fracos forcejam reagir mas desumanizam no tom e no modo e, ao fazê-lo, desumanizam-se igualmente eliminando-se enquanto partes a levar em conta: eis o Hamas, a Al-Qaeda e o Hizbolah, portadores e tutores da morte como única alternativa.

Comments

Lura do Grilo said…
O Petróleo por alimentos deu muitos dólares aos bafejados pela ONU. Até um secretário geral saiu incomodado.

Trocar Gaza pela Paz foi igualmente um disparate: nem paz para Israel nem Paz para os palestinianos. Quem enriquece com as dádivas são os Srs do Hammas que vivem ricamente no meio da miséria e dão o seu povo como carne para canhão.
E já era hora da UE fechar a torneira dos Euros para esse bando de "turras". Os sauditas e outros adoradores de mafoma que entrem com o papel...
Anonymous said…
Os canibais do Século XXI,os
Lobis(homens) existem! tutores e produtores de sangue! Lutam hoje como outrora por mais uns centímetros do "calhau" chamado planeta azul antes era á sacholada hoje é só accionar o míssel.Podemos derreter todas as estratégias usar todas as armas elevar todos os muros cavar todas as trincheiras mas enquanto não sairmos definitivamente da selva usaremos unicamente a Lei que a reje " Olho por Olho"!...

Claro que estou a falar de ceguez
genética transmissível!
Anonymous said…
MÍSSIL! é que é desculpem o erro, antes fosse só ortográfico!...
Daniel Santos said…
Entretanto, hoje Domingo, o Hamas fez questão de mandar os rockets contra Israel.

Gente estúpida que gosta de levar.

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