SÓCRATES OU A DEFLACÇÃO DA PALAVRA
Pode o primeiro-ministro garantir o que quiser nos Fora que quiser. Mário Soares, muito parecido com o Mestre Yoda, em vão treinará este aprendiz frustrado a outra coisa senão a uma saída discreta de cena num grande flop e ainda pior equívoco. A Força da verdadeira e sincera sensibilidade e solidariedade coesiva nacional não está com ele, só talvez o Lado Negro dela lobista e oligarca, o que equivale a derrota garantida no uso da palavra deflaccionada dia a dia e ainda mais quando formos a votos: hoje, mas não ontem ou anteontem, disse que as linhas de crédito criadas pelo Governo já foram utilizadas por 9400 empresas no valor de 1750 milhões de euros e que as medidas de descida dos impostos atingiram mil milhões de euros. Temos o direito de duvidar dos números por ele avançados porque todos os organismos nacionais cujo braço do poder político alcança e controla como quem encomenda sedativos, incluindo os Favores Continuados do BdP em eufemizar permanentemente indicadores, tem-se mostrado rebeldes à realidade. Sucessivamente assim foi ao longo de todo o deprimente ano de 2008. Dentre os solavancos proporcionados pela Crise Interna e a devastação da Crise Externa e sobretudo perante a permanente contradição entre os números Externos para Portugal e os números Internos avançados pelo Governo para Portugal, a batalha por credibilidade e por verdade está perdida. Argentinizou-se por demais os números da economia e isso rebentou com a mais pequena réstia de credibilidade governamental. Argentinizar é manipular e falsificar os números brutos e reais, é modalizar para cima os números que andam em baixo. É jogar elitoralescamente com a verdade, ocultando-a. O mais incrível é que os números solitários do PM são números esgrimidos contra tudo e contra todos, especial vocação para a torção e contorção de papéis, etapas e indicadores por aflição de imagem e sofreguidão eleitoral. José Sócrates interveio em conferência do grupo "Economist", com discurso feito de improviso programado em fichas da sua caríssima acessoria de Fachada e Informação, em que também deixou vários recados de política interna, demarcando-se das forças da oposição na estratégia face à actual crise económica. A sua palavra já entrou porém em aguda deflacção. Ninguém a compra e nem baixando o seu preço alguém lhe toca.
Comments
Eu gosto deste tipo de argumento e forma de estar de Sócrates. Não tanto pelo homem politico em si mesmo, mas sobretudo pela sua teimosia, pelo seu lado próximo de terras do interior transmontano que outros dizem ser de arrogância, eu digo ser de atitude, carácter forte, teimoso, não se verga pelas ameaças de greves, acho que é determinados portugueses, podemos dizer assim, gostam acima de tudo que um governante com este calibre. Pensamentos duros de roer. O povo não pode deixar de ser governado por alguém que não seja desta maneira. Quantos aos números acho que no fim acaba por não ser sincero, os números devem ser ainda piores. Pobre Portugal que é apanhado por este infame, estado de sítio capitalista. Para onde iremos cair. Para este prognóstico do estado-social, em que mais uma vez, o político é sugado pelo capital. Não existe grupo "economist" que consiga prever esta lástima de "estado de nações". Esperemos que o tempo possa contrariar este estado de coisas. É necessário que alguém compre, mesmo que seja ao desbarato. Ai de nós.
É esse o pecado mortal deste Governo! Subtilmente (ou nem tanto!) denunciado pelo PR quando afirmou que: “É preciso falar verdade aos portugueses!”
Este governo foi eleito com base em permissas como: convergir com UE, crescer economicamente, criar 150.000 postos de trabalho, por em ordem as contas públicas, combater as desigualdades sociais,...
Quando faltam poucos meses para terminar o mandato, a realidade é completamente a oposta. A divergência continuou a acentuar-se; o crescimento económico foi marginal e agora anuncia-se negativo; o desemprego não parou de aumentar e está em total descontrolo (os 8,8% agora previstos pela UE já estão, há muito, ultrapassados!); Portugal é apontado como o País onde existem maiores desigualdades sociais; os impostos não pararam de aumentar,... até hoje, apesar da propaganda; e as contas públicas continuaram a aumentar; e o DÉFICE, AH! O DÉFICE, o menor da democracia, foi conseguido à custa do terrorismo fiscal e da destruição do tecido económico e da classe média (agora a grande preocupação do candidato que pede uma nova maioria absoluta).
Apesar de andar, há anos, a defender que estamos a viver numa monumental FRAUDE, limito-me a referir o que disse, hoje, a UE: “a economia portuguesa vai demorar mais tempo a recuperar, porque está mais FRAGILIZADA!”.
Parece que a Espanha está pior. Estará? Ou será porque as estatísticas espanholas são mais rigorosas, mais honestas! Será que os 16,1% de taxa de desemprego previstos para Espanha, diferem, realmente, dos 8,8% previstos para Portugal (descontando os trabalhadores EM FORMAÇÃO, os que tiveram de emigrar e os que foram sumariamente retirados das estatísticas do MT).
COITADO DO MENTIROSO... RUA COM ELE!
GPS
O Pinóquio, como foi muito bem apelidado o nosso primeiro ontem no fórum da TSF, por uma maioria dos representantes da desgastada e exaurida classe média portuguesa, pode agora dizer quantas verdades quiser que não lhe veremos a sinceridade, só a propaganda!
A política profissional ameaça a realidade da vida e essa é que é a verdade.
Mais profissionais da vida activa a fazer política amadora, talvez proporcionassem uma reviravolta saudável ao estado de coisas do País.
Quem sabe?
(ainda estou para saber como é que ele teve "tomates" para mandar uma destas...)
PS: Desculpa lá a referência aos vegetais ;)
Não há pôvo que aguente!