AMO-TE, PASSOS COELHO!

Sim, é tudo verdade. Precisamos de amor próprio. Precisamos de regressar ao quintal e à terra em geral, temos de regressar ao mar de Cavaco, praticar a pesca à linha ou com rede. O interior é um poço de petróleo agrícola e o Oceano Atlântico uma fonte inesgotável de gás natural, petróleo-ele-mesmo e vento. Mas primeiro, há que sofrer e fazer sofrer. Daí que o empenho do Governo em aplicar medidas de austeridade e procurar atingir as metas definidas no acordo da troika possa até evitar que o País ande de “mão estendida”, mas é necessário que Passos tenha ideias. Ideias de crescimento. Onde estão elas? Para onde foram? Aonde vão? Passos Coelho, Passos Coelho! Dizes umas coisas explosivas, às vezes engraçadas, e nem sempre fáceis de interpretar com benevolência, especialmente pelas duas Esquerdas que o karma nos deu — a Esquerda que endivida à fartazana até isto rebentar e que depois sai airosa e impante; e a Esquerda que invoca direitos e faz greves sem qualquer adesão ou credibilidade decente, mas se abstém de trabalhar no duro, cooperando para a solidez da sua galinha dos ovos de ouro [transportes], moribunda ou semimorta com as paralisações. Amo-te, Passos, mas tens de me seduzir infinitamente mais do ponto de vista político.

Comments

Anonymous said…
Eu amo o meu cão pq é meu amigo fiel e não me mente descaradamente. Ah! e nunca me prometeu nada num dia, fazendo exactamente o contrário no dia seguinte.
floribundus said…
o português não nasceu nem foi instruído para trabalhar.
não há tecnologia.
resta o regresso ao sector primário, mas ninguém vai por aí.

faz-me lembrar o cartoon onde:
passageiro-não pode ir mais depressa?
maquinista-posso, mas que leva o combóio?
Anonymous said…
O ódio é muito mais intenso se já se amou.

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