BE E PS AMIGUINHOS DO ELEFANTE NÍVEO
«Quando a Parque Escolar (PE)
foi apresentada, propunha-se
reabilitar as escolas investindo 2,82 milhões de euros por
estabelecimento de ensino.
Pouco depois, ao concretizar
o plano, fez a estimativa de
custos saltar para 8,0 milhões
de euros. Hoje sabemos que
foram gastos, em média, 13,29
milhões. Estes números deviam ser suficientes para se perceber que
algo tinha corrido muito mal. Mas não: o PS
socrático e uma mão-cheia de bloquistas
têm aparecido nos últimos dias a defender
o legado da PE e a continuação do seu modelo de gestão. Porquê? Porque, nas conclusões do relatório da Inspecção-Geral de
Finanças (IGF), se diz que, apesar de todas
as derrapagens, o desvio no custo médio
por metro quadrado construído foi de apenas 3,1 por cento. O facto de a IGF desconfiar dos custos por metro quadrado – pois
a PE contabiliza “a 100% as áreas cobertas
não fechadas, como espaços desportivos
abertos” – e de questionar a necessidade de
ter realizado tantas obras novas – “as normas aplicadas prevêem espaços generosos
que poderão levar à construção de escolas
desnecessariamente grandes” –, a verdade é
que isso parece não incomodar tanto a exministra Maria de Lurdes Rodrigues como
o bloquista Miguel Portas, entre outros. Em
nenhum momento parecem interrogar-se
sobre o modelo que esteve por trás deste
elefante branco (a PE gastou em 181 escolas
o orçamento que tinha para 332, isto é, 2,4
mil milhões de euros). » José Manuel Fernandes, Público, 16, Março, 2012
Comments
Onde param os milhões desviados? Alguém se anda a abotoar com eles e eu, pobre cidadão, e tantos como eu, não sabemos nem hoje, nem nunca, do seu paradeiro ... ou desconfiamos!