DIZ O NU AO ROTEIRO

Ok, o pessoalzinho rançoso do costume não larga Cavaco Silva, trabalho encomendado por aquele a quem adulam. Acusam-no de prefácios vingativos para efeitos de revisionismo da própria imagem. Porém, uma vez que Cavaco se colocou à compita com os piores actores políticos que Portugal já conheceu, a tralha socratesiana, deixemos que a História diga de sua justiça de ambos. Já me convenci de que a única saída que o PR teve foi esperar a putrefacção política do Primadonna na sua Mentira, o que de facto aconteceu. Mas não deixa de ser um estranho exercício de obsessão por mortos ver os serventuários retórico-básicos do socratismo acusar Cavaco de enriquecimento fácil, quando, nesse tipo de compita, todos se excederam e ninguém parece poder pedir meças a ninguém. O que um fez em dez anos, outro fê-lo em seis, com a agravante da bancarrota e da humilhação em face da intervenção externa. Em todo caso, veja-se como os vermes da retórica politiqueira provindos do PS repescam o caso da Quinta da Coelha, remetem para o novo-riquismo promovido pela gestão corrupta dos fundos comunitários, acusam Cavaco de acarinhar no seu círculo os corruptos do BPN, evocando o amigo Duarte Lima e o amigo Dias Loureiro, o amigo Oliveria Costa, acusam o PR de ter sacrificado a agricultura a troco de subsídios para a máquina laranja do latifúndio, de ter desmantelado as pescas e desactivado os estaleiros, acusam-no ainda da mistura do Estado com o partido, novamente o CCB. Tudo isto pode ser verdade, tirando o facto de Cavaco ser somente um Homem que Falha e o Primadonna uma Falha que é Nada. Mas esse mesmo pessoalzinho verminoso do Partido Socialista ou da sua subfacção mais sôfrega e contraventora da Ética de Estado, fez outro tanto, talvez pior, em muito menos tempo e com infinitamente mais dolo, toureando-nos o máximo de tempo possível através de um controlo nunca visto quer dos media, quer dos processos norte-americanos de passar lustro ao vazio para vender uma imagem sem carácter, uma personalidade sacana. Cavaco e Sócrates são dois casos de polícia. Vamos a tempo de que pelo menos um deles não se fie nas prescrições, se tivermos uma Justiça intrépida, ela que nem sequer chega a ser temerária.

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