O RUMO ÍNVIO DA POLÍTICA ENERGÉTICA
«Não fico, porém, tranquilo com o rumo
da política energética enquanto não vir
o Governo concretizar as renegociações
capazes de baixar as rendas herdadas do
tempo de Sócrates, incluindo as que beneficiam a EDP, mas não só: um dos sectores
onde a irracionalidade económica é maior
é o da co-geração e, aí, também há beneficiários poderosos, como a Galp e a Portucel. Espero que os benefícios financeiros
derivados da operação de privatização da
EDP, que não menosprezo, não levem a
esquecer que essa privatização ocorreu no
quadro de um Memorando de Entendimento
que exigia a revisão das rendas no sector
da energia, ou seja, que os compradores
chineses sabiam que algumas das actuais
situações de privilégio iriam acabar. Qualquer renegociação não pode, pois, ser vista
como uma violação do contrato de venda,
antes como o cumprimento de regras preexistentes.» José Manuel Fernandes, Público, 16, Março, 2012
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