SINDICAR, SINDICAR, SINDICAR
Não tenho comentadores. Não tenho grandes likes de mim, mas isso é-me completamente indiferente, se puder escrever apaixonadamente em favor de Portugal. Posso continuar mil anos absolutamente só, escrevendo o que tenho escrito para as paredes e entregue às moscas, repetindo-me ad nauseam por estar num País de duros, moucos e lerdos. Nada me deteria nesta denúncia: Portugal foi comido largo pelo pessoal socratista. Por isso urge operar uma sindicância activa ao que foram todos esses anos obscuros recentes e todos esses negócios ruinosos cujo véu se vai soerguendo. Seria suposto que, de mil maneiras roubados e de milhões de modos mal-tratados por esse pessoal saído do olho do cu mais negro da criminalidade político-económica em Portugal, desejássemos que prestassem contas, não pudessem escapar das negras responsabilidades. Mas muita da opinião escrita — por exemplo, Nuno Saraiva — defende o oposto: é como se roubar, lesar o erário à força toda, praticar a ruína, construir esquemas monstruosos de saque jacobinamente legal, a partir do momento em que eleições tecem veredictos, já não nada mais conta. Nada mais há a apurar e por que responder. E há. É completamente asqueroso que até a PGR, para não falar e nos media dependentes dos interesses aliados do Grande Roubo Perpetrado, venham com o óbice da "judicialização da política". É assim que defendem do banco dos réus, da prisão, os que justificadissimamente os merecem por terem cometido crimes que lesaram o Povo Português, estropiaram o Estado Português nos seus recursos financeiros em quantias inimagináveis. Se fôssemos gente, se não fôssemos aquela gente indígena anómala, porque segue pachorrenta e indiferente mesmo quando roubada, gente de que fala Vasco Pulido Valente, não haveria nem mais um dia de exílio indecente em Paris. Havia acção. Imediata.
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