SINTO-ME TENSO COM A CGTP E COM A EDP

Na próxima Quinta-feira não sei se poderei ir trabalhar. O Metro do Porto falhou-me na última Brincadeira Geral com o Fogo e eu dependo inteiramente dele-Metro para complementar as minhas deslocações a pé diárias, para lá e para cá: 10km são duas horas. Lembro-me como se fosse hoje ou fosse amanhã ou talvez na próxima Quinta-feira: éramos centenas silenciosos na Estação da Trindade sem sair do lugar, apinhando o esguio espaço até ao limite amarelo que nos separa do suicídio nos carris. Nessa manhã, eram sete horas, não iríamos a lado nenhum. Não fui. Não fomos. Disse adeus à viagem impossível para os lados de Gondomar e regressei a casa no Metro que funcionava para nada: Santo Ovídio-Trindade, Trindade-Santo Ovídio. Por isso, estou tenso com o Fóssil Arménio e a sua CGTP. A CGTP e a EDP fazem-nos o mesmo tipo de cerco. Uma não nos deixa trabalhar. A outra explora-nos; a outra pinta cor de laranja-lama as paredes descomunais de mini-barragens obliteradoras de Paisagem; a outra goza com o pagode português que é todo pachorrento e passento. Estou em estresse pré-traumático. Não poder trabalhar contra a minha vontade férrea de trabalhar adoece-me todo. Tanto como não ter dinheiro. O dinheiro fácil de Paris. Arranjem-me um revólver.

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