MORRER DA AUSTERIDADE E MORRER DA GREVE
Não acredito de todo nesta Greve 'Geral', embora acredite no Protesto, se for justo, focado, bem explicado e viral, para ter o máximo de sucesso transformador. Por exemplo, sem protesto e sem luta firme contra corruptos e processos criminosos de governação também não há grande moral para nos queixarmos do que temos e amargamos, consequência a jusante do Mal que consentimos.
Por que se não protesta contra a por enquanto notória fraqueza governamental diante de contratos assassinos do presente e do futuro nas PPP recentes, cuja face é a do Mal Cívico Absoluto? Quem os negociou ou tolerou comportou-se de modo Obsceno, Imoral, contrário à Ética e ao Zelo pela res publica. É também isto que apressa a morte dos nossos velhos, nos angustia a nós e deprime a nossa Pólis. A somar aos males depositados no colo inocente dos cidadãos, o Arménio arma mais uma castrada e castrante Greve 'Geral' que só servirá para nos matar ainda mais, ainda mais agachados contra o beco sem saída do Nada, subordinados ao Nada sem Nada a contrapor aos que nos emprestam ou não dinheiro. O Protesto Impotente do Mendigo não resolverá jamais a sua mendicidade.
Nesta fase tardia de apodrecimento, e já mortos pelo braço da Austeridade, morreremos ainda mais depressa pela mão apertada do Protesto-Paralisação Estéril. Hoje, a prometida Paralisia Geral a que se chama Greve será o que sempre foi. Folclore Macabro. Nulidade Prática. Havia outros caminhos que esta gritante e sôfrega falta de criatividade. Na comida, no sexo, em tudo, falta de criatividade sempre representou muito pouco amor.
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