JÁ SABEM ONDE PODEM ENFIAR O MANIFESTO

Está na moda a impunidade feliz. Ex-políticos vivem regalados depois de anos de Roubo, mas um Roubo naturalmente destinado à impunidade dos deuses. A impunidade das preciosas e douradas mãos de suas excelências intocáveis, os políticos, comparados connosco, a ralé que bem pode perder o 13.º e o 14.º e imputar a perda não à gestão danosa dos Governos de Saque Socratista, mas ao manso Passos. E no entanto, a impunidade vai toda para os políticos das licenciaturas instantâneas, os políticos do poder de aprovar o outlet em zona protegida de flamingos e o poder de aprová-lo-lo à última da hora pantanosa, certamente sem luvas no processo. Ruinosos enquanto tutelavam um Estado Soberano, mas absolvidos pela opinião que se supõe influenciadora da semovente parvalheira: basta ler ou ouvir Miguel Sousa Tavares, Daniel Proença de Carvalho, o Pífio Adão e Silva e o Nulo Marques Lopes, a clarividente espírito de breu Clara Ferreira Alves, na defesa por grosso da impunidade e dos interesses da impunidade, para perceber que há dois Países: o País de quem nos fode e escapa e o País de todos nós, os fodidos, sem escapatória nem indulgência. Há poesia em cada PPP criminosa e o lirismo de luxar em cada Parque Chular. Por isso vêm agora quinhentos arquitectos, até poderiam ser mil, com mais um daqueles manifestos manhosos a defender que podemos ser esbulhados com preços e escolhas arbitrários, que podemos ser esmagados de dívida e despesa com luxos para lá da nossa capacidade de pagar em gerações como se estivesse em causa a requalificação das escolas e não os abusos nesse processo. Mas o que está na moda é esse discurso em defesa dos Sujos: absolutamente daninhos para o Erário, enquanto 'conduziam embriagados' os destinos do País, e no entanto, passíveis de toda a espécie de defesa encartada. Ah e tal, os magistrados não se atiraram do mesmo modo aos governos de Cavaco, dizem. Mas quando é que pensam se deve começar a corrigir toda a porcaria instalada?! Nunca?!

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