GEIR HAARDE E SÓCRATES

Agora que começou o julgamento do primeiro-ministro islandês, Geir Haarde, acusado de negligência durante a crise de 2008, temos de encarar a necessidade premente de mover todos os esforços para que os servidores públicos sem escrúpulos em Portugal nunca mais possam refugiar-se  mil desonestidades depois e dezenas de PPP assassinas , em qualquer coisa equivalente a uma vida obscura parisiense. Saídas airosas, não. Nada haveria a temer de um julgamento exemplar de José Sócrates tal como só beneficiou em apurar as cabais responsabilidades de nazis apanhados com a mão na matança de judeus. É grave que não haja por cá um ardente desejo de Justiça e de Verdade: Cova da Beira, Freeport, Face Oculta, Caso Licenciatura Forjada na Independente, nenhum destes casos obteve luz completa nem jamais seria de esperar do deliberadamente inócuo e telecomandável Procurador Geral e da vogal Cândida, colocados lá para o ponderoso exercício Protector do Primadonna mediante Bloqueios Sornas e Cirúrgicos da Justiça, a investigação fosse do que fosse relativamente ao Pseudo-Licenciado pela Independente. Pelo contrário, o apuramento das responsabilidades do primeiro-ministro islandês, Geir Haarde, acusado de negligência durante a crise financeira de 2008, e que causou o colapso dos três maiores bancos do país, começou em Reykjavik. isto na verdade é qualquer coisa de luminoso. Não adianta refugiar-se Sócrates como Haarde no argumento da "perseguição política": lá como cá investigar as contas públicas é essencial para se perceber o pré-colapso financeiro do nosso País. E vocês, flácidos e mortiços portugueses, sois servidos desse cálice da verdade?! Haarde pode ter sido negligente. Sócrates foi qualquer coisa de muitíssimo mais grave: dolosamente incompetente.

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