JPP, VELHO DO REFASTELO

«SALVIATTI – Mas que bonito! Só que o “velho do Restelo” tinha razão. Convinha ler Os Lusíadas melhor, não ler à moda do Estado Novo, com Índias a mais. Camões dizia que ele, quando levantou a voz “pesada”, falava “c’um saber de experiências feito”, ou seja, sabia o que dizia. Não ia nesses romantismos voluntaristas de fazer um “Portugal diferente”. O que está a fazer um “Portugal diferente” é a pobreza, é a guerra social em curso, é a maciça transferência de recursos entre pessoas, grupos sociais, portugueses e estrangeiros, pobres e ricos.
SAGREDO – O “velho do Restelo” não queria que os portugueses se lançassem nos Descobrimentos. Ficávamos assim sem “épica” nacional. Não me parece um bom exemplo. Do que precisamos é gente que se arrisque, os “empreendedores competitivos”, como diz o nosso Primeiro-Ministro.
SIMPLÍCIO – Exactamente… Os que não são preguiçosos. Os que são dinâmicos, que se arriscam.» José Pacheco Pereira, Público

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