O DOMINGOS QUE HÁ EM SÁ PINTO

1. Em vão torci, entre sportinguistas desesperados, por que a maldição sportinguista pré-Domingos e com Domingos [aquelas derrotas, lesões, mortes na praia], não se prolongasse tragicamente agora com Sá Pinto. Uma questão de compaixão. Sá Pinto entrou na Academia como se fosse o Céu que faltava, distribuindo bênçãos e palavras melífluas por quase toda a gente, mas essas massagens morais e elogios sistemáticos ao roupeiro, ao balneário, à atitude, aos jogadores, teriam, mais dia menos dia, de vergar-se às insuficiências da matéria prima. O Vitória de Setúbal voltou-se para Angola, obteve o seu apoio, a sua amizade e o seu dinheiro. E parece renascer. O Sporting de Godinho chicoteou Domingos, quando derrotado, e agora, com esta primeira derrota proibitiva do messiânico Sá, regressa e emerge o mesmo Domingos que há ou pode haver nele, Sá Pinto, basta que as derrotas se sucedam e sistematizem. Para que não fiquem dúvidas de que what goes around comes around. 2. Por outro lado, ninguém dá por estes, ninguém dá por Leonardo Jardim, mas degrau a degrau a Liga pode ser deles, o que seria brilhante. A sê-lo, seriam uns discretos campeões. Sem ondas. Sem verve. Sem picardias de maior.

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